Tamanho da fonte: 

Esta pesquisa se desenvolve no chão estriado de um curso de Licenciatura em Pedagogia da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), e tem como objetivo investigar e analisar possíveis aproximações entre o ensino e/ou aprendizagem de Matemática, e a Educação Especial, enquanto possibilidade de subsidiar o futuro professor para o trabalho com Alunos com Necessidades Educacionais Especiais (ANEE). Inspirados na metodologia qualitativa e quantitativa (quali-quanti), tomamos como material de análise as monografias e Artigos Científicos (AC) apresentados como Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC) no período de 2003 a 2015 no curso de Pedagogia. Em outra frente, analisamos o Projeto Pedagógico do Curso (PPC) referente ao ano de 2015, visando considerar as possibilidades atuais de estrutura para a articulação entre projetos e disciplinas que articulem Matemática e Educação Especial. Apoiados na análise documental de Bardin, os dados coletados nos TCC/AC, no Projeto Pedagógico do Curso (PPC), bem como em um questionário aplicado juntamente à coordenação do curso, foram organizados em gráficos e tabelas de acordo com as seguintes categorias; 1- Deficiência Auditiva (surdo), 2- Deficiência Visual (cego) e a 3- Deficiência Intelectual/Mental/Transtornos/Inclusão (D.I/D.M/TD/In). A triangulação dos dados apontam que, de um total de 142 trabalhos analisados, 35 deles abordam a temática da Educação Especial, todavia, nenhum dos trabalhos TCC/AC encontrados estabelece qualquer relação entre o ensino e/ou a aprendizagem de matemática e Educação Especial. Outra descoberta tão preocupante quanto à citada anteriormente, deve-se ao fato de não termos encontrado nenhum trabalho propondo qualquer discussão que envolva a Matemática, fato preocupante, se considerarmos que um carga horária considerável do professor dos anos iniciais, é dedicado ao ensino de matemática. Nossa análise aponta a existência de um conjunto vazio no curso, no que tange a pesquisas sobre essa temática. Há no curso uma ausência não de estruturas físicas ou material humano qualificado, mas de uma política curricular que leve em conta a formação do pedagogo enquanto professor que ensina matemática. Consideramos que algumas ideias profícuas poderiam surgir a partir da aproximação entre formadores de professores da Pedagogia e da Matemática onde, a partir dos obstáculos evidenciados nessa pesquisa, possam colocar a temática em debate, organizar seminários e/ou conferências, grupos de pesquisa ou extensão de modo a (re)configurar os objetivos e ações previstos no PPC, desconstruindo uma estrutura pautada nos iguais, em favor de uma prática de valorização das diferenças.  Palavras-chave: Educação Especial. Formação de Professores. Licenciatura em Pedagogia.