Sistema Eletrônico de Administração de Eventos da UFGD, v.1, n.1 - I Congresso Nacional de Educação Matemática da Grande Dourados

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CONCEPÇÃO INCLUSIVA E A FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE MATEMÁTICA: CONSCIÊNCIA E INTELIGÊNCIA
Mirlene Ferreira Macedo Damazio

Última alteração: 2018-09-13

Resumo


A educação inclusiva é um paradigma educacional fundamentado na concepção de direitos e valores humanos, que agrega infinitas possibilidades para o ser humano, envolvendo ações sócio-cultural e política, desenvolvidas para garantir o direito de todos os seres humana estarem juntos, convivendo, aprendendo e participando, sem nenhum tipo de discriminação. Porém para este processo efetivar, torna-se necessário enfrentar os empecilhos e entraves existentes, envolvendo as barreiras estruturais e atitudinais no sistema de ensino e na sociedade brasileira. Ao reconhecer as barreiras existentes, deflagramos a primeira iniciativa de confrontar as práticas excludentes, discriminatórias e preconceituosas, criando alternativas em busca de superá-las. Nesse sentido a educação inclusiva assume espaço central no debate, quando legitima a superação da lógica da exlusão. Nessa perspectiva, o Brasil, na atualidade enfrenta um grande desafio, o desafio de se organizar para se tornar um País que acolhe e respeita as diferenças humanas, valorizando potencias individuais e coletivos do seu povo, resgatando valores humanos importantes, secundarizados há tempos.  Nesse trabalho, apresentaremos reflexões sobre a formação de professores de Matemática em uma perspectiva inclusiva. Essas reflexões têm como objetivo, colocar em cena o protagonismo do professor e fazer as recursões necessárias para romper com modelos conservadores excludentes, em favor dos paradigmas inclusivos. As bases teóricas são os paradigmas da complexidade, no qual a pessoa, o contexto, o processo e o tempo em movimento orientam os objetivos da formação de acordo com os paradigmas e princípios inclusivos. Diante do exposto, objetiva não apenas as interações entre os raciocínios concreto e abstrato, dos métodos indutivos e dedutivos, dos sentidos que registram os dados observáveis e que os ordenam em esquemas de ações significativas, mas sim que busca criar novos ambientes de aprendizagens, privilegiando uma formação de professores dimensionada contextualizada com os paradigmas atuais. Para contribuir com o avanço desse processo, procuramos adotar uma nova forma de compreender o mundo, o homem, o conhecimento, a sociedade, a educação, a escola e o trabalho, desenvolvendo as dimensões da interdependência, da complementaridade, da conectividade, que reconhece uma axiomática, entre as ciências, provocando simbiose entre a instrução da inteligência e a educação da consciência dos professores, a partir dos paradigmas inclusivos. O percurso de uma formação com esses princípios provoca conflitos conceituais, rompem com preceitos ultrapassados e vai ao encontro das necessidades do professor neste terceiro milênio. Estamos na era das tecnologias e de um homem contextualizado que busca aprimoramento do seu pensar e fazer, que deseja encontrar sentidos em tudo que o rodeia, e assim podemos refletir sobre a atuação do professor de Matemática em suas práxis pedagógicas desenhadas, e seus resultados contemporâneos. Um processo de formação rico de elucidações e cheio de indagações, demonstrando possibilidades investigativas e leituras de contextos, aspectos essenciais na formação de professores pesquisadores, gestores intelectuais e autônomos em seu trabalho. Assim, apontamos tracejadas possibilidades de formação em uma perspectiva inclusiva, cheia de elucidações pedagógicas ao trabalho do professor de Matemática, bem como, com infinitas possibilidades e inovações, contextualizadas com a contemporaneidade, em que a consciência e a inteligência precisam estar simbiose.

Palavras-chave: Formação de professores; Inclusão; Complexidade; Consciência; Inteligência.