Sistema Eletrônico de Administração de Eventos da UFGD, I Seminário Internacional Etnologia Guarani: diálogos e contribuições

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Das falas contidas e vozes interditadas aos movimentos estratégicos de resistência: uma reflexão sobre as práticas institucionais de uma instituição hospitalar no MS
Adriele Freire de Souza

Última alteração: 2016-10-25

Resumo


Este trabalho é um recorte da dissertação “Entre discursos e territorialidades: uma análise antropológica das práticas institucionais no Hospital Universitário da Grande Dourados – MS”, que buscou entender de que forma as várias territorialidades e discursos desta instituição de saúde moldavam e controlavam o comportamento dos sujeitos que circulavam por este território. A lógica de funcionamento desta instituição está alicerçada sobre o dispositivo disciplinar de esquadrinhamento dos sujeitos produzindo sobre eles um saber para dominá-los. Contudo, este fato não impede que movimentos de contrapoder ou de resistência ocorram dentro da instituição.

Por um lado, há subjetividades ditas, como aquelas ligadas à pessoalidade e aos sujeitos transformados em índices, como o estatístico, econômico e pedagógico, entre outros. Por outro lado, há as vozes contidas e as falas interditadas, marcas características dos sujeitos indígenas e dos sujeitos psiquiátricos. Estes representam a marca da diferença radical e também aqueles que não se submetem à ordem vigente, tornando-se facilmente um hóspede malquisto.

A partir desta problemática, o intuito do presente trabalho é refletir sobre as estratégias de resistência destes sujeitos frente aos poderes disciplinares que tentam submetê-los à ordem e apagar as diferenças. Assim, pretende-se apreender de que forma, mesmo tendo suas falas interditadas, esses sujeitos conseguem construir estratégias de fuga que subvertem à lógica dominante no hospital, pautado sob o olhar biomédico de saúde.

 

Palavras-chave: Instituição Hospitalar. Disciplina. Contrapoder. Diferenças.

 


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