Sistema Eletrônico de Administração de Eventos da UFGD, I Seminário Internacional Etnologia Guarani: diálogos e contribuições

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Oguata Pyahu e o desafio de SUStentar (trans)formações e diretos em um novo caminhar na Saúde Indígena
Paula Rodrigues, Cátia Paranhos Martins, Elenita Sureke Abilio

Última alteração: 2016-10-28

Resumo


Em (trans)formação no SUS, após a formação  no Programa de Residência Multiprofissional em Saúde, com ênfase em Saúde Indígena, na UFGD, trago neste trabalho como profissional de saúde,  o relato de experiência dos novos caminhos percorridos na saúde indígena, agora na Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI), no Polo Base de Amambai/MS. Destaco as vivências na atenção primária em saúde nos municípios de Amambai, Coronel Sapucaia e Aral Moreira, contemplando as comunidades Guapoy (Amambai), Taquaperi, Guassuty, Guaiviry e Kurussu Ambá. Apresento o desafio de SUStentar em novos territórios e com inspiração na mobilidade kaiowá e guarani através do Oguata Pyahu (novo caminhar). Esse caminho segue sem fixação possibilitando (trans)formações e encantamentos. Junto à experiência vivenciada atualmente, estão as inquietações de estar em um lugar diferente, e receber o convite subjetivo a novas imersões e deslocamentos. Essa experiência apresenta, através do cuidado em saúde, a possibilidade de vivenciar as Políticas Públicas que buscam contemplar a diversidade dos povos e oferecer visibilidade às práticas tradicionais. Trago na bagagem de aprendizado e uso como norte a Educação Popular em Saúde, a Humanização, a Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas, as Práticas Integrativas e Complementares do SUS, a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicas entre outras ferramentas do Sistema Único de Saúde (SUS). Diante de toda a sistematização, fico curiosa para compreender como se dá a aplicabilidade de movimentos e lutas transformados em Política, indo, também, além do próprio sistema, para uma formação cidadã. Nesse sentido, apresento o investimento em espaços de diálogo, buscando favorecer a autonomia e o protagonismo dos kaiowá e guarani. Destacam-se as vinculações produzidas em rodas de conversa de forma horizontalizada com trabalhadores(as) de saúde, educadores(as), rezadores(as), usuários(as) e suas famílias,  também em grupo de geração de renda que investe na agricultura familiar, no cultivo de plantas medicinais, na produção de artesanatos entre outras atividades, sempre com articulação em rede social e de saúde. A intenção é, a partir da construção coletiva e compartilhada, (re)construir e fortalecer laços identitários, valorizando a concepção dos povos indígenas sobre as alternativas, oportunidades e soluções que eles próprios encontram a partir de sua vida em comunidade para enfrentar os desafios e constituir-se como sujeitos de direito.

Palavras-chave: Oguata Pyahu; Sistema Único de Saúde; Saúde Indígena; Kaiowá; Guarani


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