Sistema Eletrônico de Administração de Eventos da UFGD, I Seminário Internacional Etnologia Guarani: diálogos e contribuições

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Levantamento de teses produzidas nas Universidades do Brasil sobre Saúde Indígena no período de 1998-2016
Regiani Magalhães de Oliveira Yamazaki

Última alteração: 2016-10-28

Resumo


No Brasil há uma carência e uma fragmentação de registros históricos sobre a trajetória de contato dos povos indígenas e os reflexos dessa interação em relação aos perfis epidemiológicos. O perfil epidemiológico dos povos indígenas no Brasil sempre foi muito complexo, e as doenças infecciosas e parasitárias permanecem como importante causa de morbimortalidade. Uma dimensão particularmente pouco conhecida da epidemiologia dos povos indígenas no Brasil, diz respeito a emergência de doenças crônicas não-transmissíveis. Buscamos por meio de uma pesquisa identificar quais são as doenças crônicas não transmissíveis e transmissíveis mais investigadas na academia. Assim, realizamos um levantamento de teses desenvolvidas no período de 1998 a 2016, nos programas de pós-graduação da Universidades Brasileiras, e na sequência identificamos as doenças mais investigadas nas teses levantadas. Foram identificadas 84 teses referente a temática saúde indígena, onde: 9 estão relacionadas à problemas respiratórios (tuberculose e pneumonia); 2 à doenças sexualmente transmissíveis; 3 à patologias intestinais e estomacais; 1 a síndrome metabólica; 5 ao câncer ; 2 a malária; 1 ao Trypanosoma cruzi: 1 a Leishmaniose tegumentar; 1 ao consumo de álcool; 1 ao suicídio; 3 a saúde mental; 3 a saúde bucal; 3 as doenças cardiovasculares; 5 a (in)segurança alimentar; 16 as políticas públicas de saúde indígena; 10 a etiologia indígena; 7 a educação em saúde e formação de agentes de saúde; 3 a saúde reprodutiva; 2 ao uso de medicamentos; 3 ao resgate histórico sobre processo de produção de saúde e doença indígena; 2 a atividade física; 1 a infecção fúngica crônica. Partindo do pressuposto de que as modificações na subsistência, dieta e atividade física de determinados grupos indígenas estão relacionadas as mudanças socioculturais e econômica, e de que estas têm promovido um quadro de morbimortalidade, concluímos que é muito reduzido a quantidade de teses desenvolvidas sobre as doenças crônicas não transmissíveis e doenças transmissíveis que tem atingido as comunidades indígenas no Brasil

Palavras-chave: saúde indígena; morbimortalidade; doenças crônicas


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