Sistema Eletrônico de Administração de Eventos da UFGD, I Seminário Internacional Etnologia Guarani: diálogos e contribuições

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Sobre aprender a ser índio.
Josemar de Campos Maciel, Yan Leite Chaparro

Última alteração: 2016-10-26

Resumo


Numa recente feira literária o antropólogo do Museu Nacional Eduardo Viveiros de Castro enunciou uma tarefa urgente e estranha para um povo colonizado e ocidentalizado, a de “aprender a ser índio”, antes que seja tarde demais. Na esteira de algumas de suas contribuições, sobretudo a sua proposição de considerar etnograficamente a sofisticação de populações indígenas para, em seguida, sofisticar filosoficamente a (im)possível generalização do modelo,  o texto estende discretamente a reflexão,  considerando alguns elementos nos quais a sofisticação de alguns modelos indígenas, expressos em seus discursos, parece ora um bálsamo a curar, ora um bisturi a cindir – ou um espelho, a revelar cisões de longa data, nos projetos insustentáveis de ocupação de um território instável e de exploração de um ambiente frágil,  tecendo um leito de Procusto ou mesmo uma experiência de Ouroboros, na qual populações auto-denominadas “modernas” encontram mais tragédia do que a prometida linearidade do desenvolvimento interminável. O que se torna necessário erguer as densas e complexas reflexões e práticas no sentido de (des)ocultar os sujeitos, seus conhecimentos, práticas e modos de vida. Para que os movimentos (no campo do conhecimento, politico, social) de simetria assuma formas concretas.

Palavras-chave: reflexões metodológicas; problemáticas do desenvolvimento; os Guarani.

 

 

 

 


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