Sistema Eletrônico de Administração de Eventos da UFGD, I Seminário Internacional Etnologia Guarani: diálogos e contribuições

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O nosso lugar é tudo isso, o que a gente vê e não vê! O tekoha para os Guarani e Kaiowá em diálogo com o conceitos de território
Juliana Grasiéli Bueno Mota

Última alteração: 2016-10-25

Resumo


A seguinte frase, “O nosso lugar é tudo isso, o que a gente vê e não vê”, foi narrada por uma senhora Kaiowá, com aproximadamente 65 anos, ao explicar o significado da palavra tekoha durante uma Aty Guasu, no acampamento-tekoha Passo Piraju. Durante sua explicação esclareceu que “o tekoha é o lugar que a gente retoma”. “A gente lembra né. Tekoha é retomar nosso lugar de origem”. Tekoha é o território nosso né”. O objetivo deste artigo é discutir, refletir e compreender alguns aspectos da categoria nativa tekoha em diálogo com o conceito de território de Rogério Haesbaert (2009), como possibilidade de desvendar os sentidos, os significados e as estratégias políticas dos povos Guarani e Kaiowá em Mato Grosso do Sul, que perpassam, consequentemente, as atuais formas de imaginar e reinventar os territórios étnicos ancestrais. Os procedimentos metodológicos foram construídos através de nossa experiência em trabalho de campo, por meio da observação participante e entrevistas em profundidade, que nos têm permitido aprender com os povos Guarani e Kaiowá e refletir sobre os avanços, limites e desafios de imaginarmos as possibilidades e desafios de compreensão do tekoha.


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