Sistema Eletrônico de Administração de Eventos da UFGD, I Seminário Internacional Etnologia Guarani: diálogos e contribuições

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DIVERSIDADE DE POVOS E FORMAS DE PRESENÇA INDÍGENA NO TERRITÓRIO DO CRAS VIDA NOVA, EM CAMPO GRANDE- MS
Norivalson da Silva Vieira, Estela Márcia Rondina Scandola

Última alteração: 2016-10-28

Resumo


O tema deste trabalho trata da presença de indígena no território urbano de Campo Grande-MS, especificamente na periferia do bairro Vida Nova Região do Segredo. O estágio em Serviço Social na Política de Assistência Social possibilitou visibilizar a presença dos indígenas no território do CRAS/ Vida Nova. Posteriormente, tanto nos registros do CADÚNICO como nos atendimentos, novas formas de presença foram sendo observadas e consideradas. A presença de indígenas na zona urbana já foi compreendida por muitos como uma forma discriminatória e, portanto, de não ser mais indígena, chamando-os de desaldeados, aculturado, integrado e, com isso, não destinatário da garantia de direitos de equidade. A Política Nacional de Assistência Social – PNAS tem a visão de indígenas nas aldeias tradicionais e, não reconhece a presença indígena ou, reconhecendo, não registra a diversidade étnica e de formas de presença. As conquistas da Constituição Federal de 1988 e da Convenção 169 da OIT garantem aos indígenas o respeito à cultura, valores e autodeterminação. Por isso, o objetivo desse artigo é “descrever a diversidade dos povos e formas de presença indígena no território do Centro de Referência de Assistência Social – CRAS / Vida Nova “Henedina Hugo Rodrigues”. A metodologia da pesquisa é qualitativa, a coleta de dados foi realizada nos bancos de dados oficiais, documentos institucionais do CRAS Vida Nova, em artigos científicos sobre o território e nos documentos do estágio em Serviço Social, especialmente o diário de campo. Os dados foram organizados em dois temas: formas de presença e diversidade étnica no território. A análise está baseada nos fundamentos do Serviço Social. Os resultados indicam que na área adstrita do CRAS Vida Nova, já foram identificadas: Aldeia Urbana, Acampamento, Comunidade Indígena em conjunto habitacional, agrupamentos familiares em bairros, famílias em conjuntos habitacionais e indígenas vivendo em famílias mistas ou não indígenas. Sobre a diversidade étnica, os depoimentos e dados oficiais indicam que vivem Guarani, Kaiowa, Kadiweu, Guató e Terena, sendo este último, o povo com maior número de presença. As considerações finais apontam que o estágio em Serviço Social e a atuação profissional comprometida com o projeto ético-político da categoria é uma possibilidade concreta de visibilizar as diversidades étnicas nos territórios em que atuam. As políticas públicas e a atuação profissional com povos indígenas podem ter significativos se considerarem a diversidade étnica e seus saberes como riqueza a ser agregada ao seu trabalho, garantindo a alteridade e apoiando a equidade de direitos

PALAVRAS-CHAVE: Assistência Social, Indígenas Urbanos, Serviço Social.


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