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“Lugar de índio é na Reserva”. Este trabalho apresenta uma reflexão acerca de “lugar” e de “índio”.  O esmiuçar da questão nos leva a dois caminhos de investigação pelos quais devemos de percorrer. O primeiro diz respeito ao termo “lugar”, compreendido e utilizado ao longo do trabalho através do conceito geográfico de “território”, sujeito no caso dos Guarani, Kaiowá e Terena à processos desterritorialização forçada de seus territórios tradicionalmente ocupados e territorialização precária no espaço da Reserva Indígena de Dourados. Enquanto nosso segundo caminho pretende repensar o imaginário racista e ocidental de "índio" que no decorrer da caminhada de construção do conhecimento científico é substituído pela inegável riqueza de formas de ser e viver como indígena(s). Os dois caminhos nos levam a  compreender as relações interétnicas presentes na Reserva com base no transformar/recriar dos territórios e das identidades no transcurso do espaço-tempo, marcado pelas mudanças geracionais.