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Ore Reko haty (Espaço, lugar de sempre): Do esbulho das terras à resistência do modo de ser dos Kaiowa da Terra indígena Panambi
Última alteração: 2019-12-16
Resumo
Neste trabalho propõe-se se analisar a forma como os indígenas kaiowá da Terra indígena Panambi, lidaram com as frentes de expansão imposta pelo governo brasileiro a partir da implantação da Colonia Agricola de Dourados (CAND), quais foram as reações e estratégias de sobrevivência diante da perca dos territórios tradicionais. Apesar do esbulho das terras o lugar e o espaço de pertencimento continuou presente na história de vida dos kaiowa, os mesmos continuaram em trânsitos pelas terras de pertencimento e com isso esses espaços fazem parte do Ava Reko (modo de ser, e viver) dos kaiowa. Para esses indígenas o relacionamento com tais lugares jamais deixou de existir, mesmo diante da “perca” do seu território não ocorre a ruptura total com esses locais. A partir dessa concepção as retomadas dos “tekohá” podem ser observadas de uma ótica diferenciada, ou seja, mesmo que a terra estivesse poder de terceiros ela continuou sendo o lugar de pertencimento daquele grupo.
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