Sistema Eletrônico de Administração de Eventos da UFGD, II Seminário Internacional Etnologia Guarani: redes de conhecimento e colaborações

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Mediadores cosmológicos: modos e relações entre os Pataxó, as matas e os caboclos
Antonio Augusto Oliveira Gonçalves, Sekuai Braz da Conceição Pataxó

Última alteração: 2019-12-16

Resumo


O povo pataxó de Gerú Tucunã que vive no Parque Estadual do Rio Corrente, em Açucena (MG), se mudou para este novo território em 2010. Em parte, o coletivo que hoje habita a aldeia é constituído por indígenas vindos/as do extremo sul da Bahia e de filhos/as e parentes dos Pataxó que viveram na TI Fazenda Guarani. Ao longo desses nove anos nesse novo lugar, os Pataxó construíram a aldeia num centro de um vale que foi, aos poucos, povoado com plantas, árvores, roças de mandioca cultivadas aos fundos ou na lateral de cada kijeme (casa). Se de um lado, observa-se a emergência de certas paisagens que antes não existiam no Parque com plantio de árvores e outras espécies que sucessivamente encobrem a própria existência da aldeia nos pontos equidistantes do vale, refugiando kijemes e pessoas pelas suas copas. De outro lado, os Pataxó têm experienciado através dessa mudança transformações na sua condição de pessoa, sobretudo, mediante o contato mais próximo com os caboclos da mata e da água.

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