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Nimuendajú, a « Terra sem Mal » e os estudos guaranis. Um ensaio de antropologia histórica
Pablo Antunha Barbosa

Última alteração: 2019-12-16

Resumo


O objetivo do artigo é mostrar como o diálogo entre antropologia e história pode representar um espaço fértil para revisitar e esboçar uma nova análise de importantes dossiês da história da antropologia. No centro dos estudos guaranis contemporâneos, o caso aqui discutido será o da “Terra sem Mal”, bem conhecido entre os americanistas graças aos trabalhos de Alfred Métraux (1927, 1928a, 1928b), Pierre e Hélène Clastres (1974, 1975) sobre profetismo e messianismo ligados às “migrações históricas Tupi-Guarani”. É impossível, porém, falar da “Terra sem Mal” sem falar do antropólogo de origem alemã Curt Nimuendajú (1883-1945) – seria como falar de “marxismo” sem saber quem foi Karl Marx. A comparação não é fortuita, pois em vários aspectos, Nimuendajú pode ser considerado como o “autor” ou “inventor” da categoria de “Terra sem Mal” e, de certa forma, como o “pai” de um mito que transcendeu seus próprios limites históricos e intelectuais.


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