Há um movimento silencioso e contínuo de apropriação da Escola pelos Guarani e Kaiowá no Mato Grosso do Sul. Junto à apropriação se dá a ressignificação desse espaço, mesmo que também com vagar. A intencionalidade de uma parte dos professores e professoras Guarani e Kaiowá é a escola seja um espaço de encontro dos saberes indígenas e dos demais que circulam nas escolas não indígenas, seja em nível básico ou superior. Até a virada do século XXI, quem descrevia esse processo eram os pesquisadores não indígenas, a partir da visão da academia com base na realidade social. Na última década, essa produção tem sido matizada pelo olhar investigativo dos próprios Guarani e Kaiowá. Apresento um recorte dessa nova caminhada a partir das produções de alguns indígenas dessas etnias, que se tornaram intelectuais no entendimento da sociedade, no campo da Educação e da Antropologia.