Sistema Eletrônico de Administração de Eventos da UFGD, v. 2 n. 2: XI Simpósio e IV Semana Acadêmica de Nutrição da UFGD

Tamanho da fonte: 
PROCESSO DE HOMOGENEIZAÇÃO DE CARNE BOVINA EM SUPERMERCADO VAREJISTA NO MUNICÍPIO DE CAMPO GRANDE, MATO GROSSO DO SUL
Janaína Palermo Mendes, Jean Kaique Valentim, Flávia Prudente Serafim

Última alteração: 2019-08-26

Resumo


Este trabalho teve como finalidade identificar o grau de importância de informações diretamente relacionadas à qualidade e particularidades no processamento da carne bovina homogeneizada. Foi avaliada a homogeneização da carne vendida na bandeja no supermercado varejista de Campo Grande-Mato Grosso do Sul, os cortes em questão são oriundos de abatedouro sob inspeção federal, sendo estes divididos em quartos traseiros e dianteiros. No açougue do supermercado há uma sala específica para a realização do processo de homogeneização, onde a temperatura apresenta-se entre 0 a 2°C, para minimizar os efeitos da manipulação excessiva que a carne sofre. Nesta sala, encontra-se a máquina de homogeneização (moedor homogeneizador), duas mesas de aço inoxidável de apoio e um lavatório de mãos. Depois do corte, a porção da carne a ser moída apresentou a temperatura de 4,5°C. Após a separação dos retalhos, fez-se a primeira moagem e em seguida o produto foi armazenado num recipiente de plástico. Em seguida, a carne foi devolvida à máquina e “batida” por aproximadamente 12 minutos, onde o processo de homogeneização se concretizou e os globos de gordura se juntaram à carne. Logo após este processo, houve um aumento da temperatura da massa homogeneizada (5,2°C), causado pelo atrito da máquina com a carne.  Após a homogeneização, as carnes saem pela “boca de corte” novamente, indo diretamente para as bandejas de isopor, e então o produto é armazenado dentro de um saco plástico e guardado numa prateleira presente no setor. São colocados no máximo 500g de carne homogeneizada nas bandejas, para posteriormente serem embaladas e colocadas na área de vendas. As carnes homogeneizadas vendidas na bandeja permaneceram por até 3 horas na área de vendas, sendo retiradas e levadas a “quebra” (descarte) se não houver a venda das mesmas. Após às 3 horas de prateleira e refrigerada sob temperatura de aproximadamente 6°C, a coloração da carne apresentou-se escura. A temperatura é um dos principais fatores que influenciam no desenvolvimento bacteriano, a medida que há um aumento da temperatura após o processamento, como apresentado no supermercado relatado, as reações químicas e enzimáticas na célula tendem a tornar-se mais rápidas, acelerando a taxa de crescimento das bactérias. O controle da temperatura é o ponto fundamental para garantir a segurança e a qualidade do produto, assegurando produtos inócuos para o consumidor final.