Sistema Eletrônico de Administração de Eventos da UFGD, v. 1 n. 1: X Simpósio e III Semana Acadêmica de Nutrição da UFGD

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ALEITAMENTO MATERNO DE CRIANÇAS MENORES DE 6 MESES DO BRASIL DE 2008 A 2017: DADOS DO SISTEMA DE VIGILANCIA ALIMENTAR E NUTRICIONAL (SISVAN)
Sabrina Rocha de Almeida Albuquerque, Rita de Cássia Bertolo Martins, Naiara Ferraz Moreira

Última alteração: 2018-12-12

Resumo


Introdução: A amamentação deve ocorrer de forma exclusiva até os seis meses de idade sem incluir qualquer outra bebida ou alimento, prolongando-se até os dois anos ou mais. O aleitamento materno além de trazer vários benefícios para mãe e bebê, como o desenvolvimento saudável das crianças e auxilio às mulheres na recuperação pós-parto, constitui também a intervenção com o maior potencial de redução da desnutrição e mortalidade infantil. Objetivo: Verificar a prevalência de aleitamento materno (total) e aleitamento exclusivo nos anos de 2008 a 2017. Métodos: Foram utilizados dados secundários provenientes do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN). Para a obtenção dos dados, a seleção para cada um dos anos (de 2008 a 2017) se deu da seguinte maneira: para o campo “mês” foi selecionada a opção “todos”, agrupados por “Brasil”. A faixa etária selecionada foi “menores de 6 meses”, e para os campos sexo, raça/cor, acompanhamentos registrados, povo e comunidade e escolaridade foi selecionada a opção “todos”.  Quanto ao tipo de relatório, nos anos de 2008 até 2014 foram gerados dois tipos, “distribuição de crianças sob aleitamento materno exclusivo no momento do atendimento” e “distribuição de crianças sob aleitamento materno total”. Nos anos seguintes (2015 a 2017) foi selecionado o tipo de relatório disponível “aleitamento materno exclusivo em menores de 6 meses”. Após a seleção dos dados foi selecionada a opção “visualizar em tela”. Resultados: O número de crianças menores de 6 meses avaliadas variou de 4.095 em 2008 à 64.597 em 2017, com aumento crescente entre os anos. Quanto à distribuição de crianças em aleitamento materno no Brasil, as prevalências foram de 75% em 2008 e acima de 90% nos demais anos avaliados. Porém, o percentual de aleitamento materno exclusivo variou de 51% (2016) a 90% (2011). Os percentuais intermediários foram: 54% (2008 e 2015), 55% (2017), 75% (2010), 77% em 2009, 88% em 2012 e 2013 e 89% em 2014. Conclusão: A cobertura do SISVAN para menores de 6 meses foi baixa no território nacional, porém crescente no período analisado. Entre 2009 e 2014, em torno de 90% das crianças estavam recebendo alguma modalidade de aleitamento materno. Os dados quanto ao aleitamento materno exclusivo oscilaram de forma crescente até 2014, decaindo com o passar dos anos, o que é preocupante, indicando a necessidade de incentivo a essa pratica nas unidades de saúde.