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Poedeiras leves ao final de seu ciclo produtivo são abatidas e muitas vezes não são aproveitadas comercialmente sendo destinadas a incineração, prática esta não lucrativa e que pode ocasionar danos ao meio ambiente. Considera-se que a carne destas aves se apresente mais firme e menos suculenta, o que dificulta a comercialização da carcaça, bem como dos cortes. Há necessidade de informações a respeito das características de carcaça que possam auxiliar na tomada de decisão sobre a melhor forma de aproveitamento e conseqüentemente redução de custos no setor avícola. Sendo assim, o objetivo do estudo foi determinar o rendimento de carcaça, bem como dos cortes de asa, peito, perna e dorso de poedeiras leves em final de produção. Foram utilizadas 100 poedeiras da linhagem Bovans White, com 84 semanas de idade, abatida por deslocamento cervical e eviscerada para determinação do rendimento da carcaça e cortes. O rendimento de carcaça foi calculado em relação ao peso vivo e o rendimento dos cortes em função do peso da carcaça (sem pés, cabeça, pescoço e vísceras comestíveis). Para o parâmetro de rendimento de carcaça foi observado valor médio de 60,97%. Com relação aos cortes, o rendimento médio para asa foi de 12,52%, do peito 11,39%, da coxa 26,21% e dorso 28,36%. Ao analisar os dados observou-se grande amplitude de valores com relação às variáveis estudadas. Segundo Kondaiah & Panda (1992) o rendimento depende da idade e do peso das aves, sendo que poedeiras mais pesadas são responsáveis por maior rendimento e melhor qualidade de produtos do que poedeiras leves. Guerra et al. (2008), em estudo comparativo de rendimento de carcaça entre poedeiras leves e semi-pesadas, obteve 60,97% de rendimento de carcaça para poedeiras leves, resultado esse, similar aos encontrados no presente estudo. Portanto, uma alternativa de destino da carne de poedeiras leves em final de ciclo produtivo seria sua utilização em produtos industrializados, que agrega maior valor ao produto, podendo apresentar vantagens econômicas a indústria.