Sistema Eletrônico de Administração de Eventos da UFGD, Anais do IV Workshop de Pós-Graduação em Zootecnia e Ciência Animal do Estado de Mato Grosso do Sul - 2017

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Uso da ocitocina exógena na liberação do leite de ovelhas Pantaneiras
Renata Alves das Chagas, Maíza Leopoldina Longo, karine Cansian, Bianca Silva Santos, Nayara Silva Américo, Fernando Miranda Vargas Junior

Última alteração: 2018-01-11

Resumo


A produção de leite ovino ainda é pouco difundida no Brasil, no entanto seu uso pode ser rentável, principalmente para a produção de derivados. A ocitocina exógena tem vários usos, dentre eles o estimulo para a liberação do leite da glândula mamaria, levando em conta que a ordenha mecânica estimula de forma adequada a completa retirada do leite, o experimento teve por objetivo avaliar se o uso da ocitocina exógena é necessário para a completa retirada do leite da glândula mamaria de ovelhas Pantaneiras ordenhadas mecanicamente. O estudo foi realizado na Universidade Federal da Grande Dourados. Para tanto foram utilizados três animais Pantaneiros em lactação com peso médio de 49kg, os animais foram mantidos em confinamento e recebendo alimentação composta de feno de aveia e concentrado comercial ad libitum. O experimento foi conduzido em quadrado latino 3x3 sendo três tratamentos baseados na aplicação de ocitocina (OCIT0,0: sem aplicação de ocitocina; OCIT0,1: aplicação de uma unidade internacional de ocitocina intramuscular; OCIT0,2: Aplicação de duas unidades internacionais de ocitocina intramuscular) e três repetições, cada tratamento teve uma duração de sete dias, sendo dois dias de adaptação e cinco de coleta efetiva, totalizando vinte e um dias de período experimental. As fêmeas eram mantidas com os cordeiros durante a noite e pela manhã (8:00h) as mesmas recebiam 2UI de ocitocina eram esgotadas por ordenha mecânica e separadas dos cordeiros por um período de quatro horas, em seguida as ovelhas eram submetidas aos tratamentos e ordenhadas mecanicamente, a produção do leite era pesada em balança semi analítica e a produção era corrigida para 24h multiplicando a produção por seis. Os dados coletados foram submetidos a análise de variância e aqueles com influência significativa de tratamento, tiveram suas médias comparadas pelo teste de Bonferroni (P<0,05). Os animais estavam com 65 dias de lactação e tiveram uma produção média diária de leite de 624,43 ± 331,12g e a produção média de quatro horas foi de 104,07 ± 55,19g, esse valor é adequado, já que esse animal ainda não foi explorado para a produção leiteira, animais produtores de leite tem produção média diária de 1,300kg. Os animais apresentaram produção média de 281,13 ± 212,75b; 747,15±286,63a e 845,00±150,40a respectivamente para OCIT0,0; OCIT0,1 e OCIT0,2, demonstrando assim que há diferença significativa entre o uso ou não da ocitocina exógena na completa liberação do leite, no entanto a quantidade utilizada não diferiu na produção, levando em conta que a recomendação da bula é do uso de dez unidades internacionais para a liberação do leite, o estudo mostra que o papel da ocitocina é cumprido com uso de 10% do que é recomendado, levado a uma economia no uso da mesma. Dessa forma foi possível concluir que é necessário o uso de ocitocina para a ordenha mecânica de ovelhas e que em quantidade menor (uma unidade internacional) é suficiente para a completa liberação do leite da glândula mamária dos animais.


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