Sistema Eletrônico de Administração de Eventos da UFGD, Anais do IV Workshop de Pós-Graduação em Zootecnia e Ciência Animal do Estado de Mato Grosso do Sul - 2017

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Fatores que influenciam o consumo de carne suína na região do alto pantanal (Anastácio – MS)
Vitória Trindade dos Santos, Ariéli Daieny dos Santos, Daniely Rocha Insabral, Maria Helena Santos Silva, Gustavo da Cruz Gonçalves, Taynara da Silva Almeida, Kevin Napoleão Moraes Pereira, Tiago Junior Pasquetti

Última alteração: 2018-01-12

Resumo


A carne suína, especialmente nos países da América Latina, ainda é considerada pouco nutritiva, com muita gordura e pouca proteína. Adicionalmente, a falta de informação da população sobre a cisticercose, teor de colesterol bem como a ausência na oferta de cortes diferenciados limitam a escolha da carne suína no momento da compra. Objetivou-se com este estudo identificar os fatores que influenciam o consumo de carne suína no município de Anastácio/MS. O diagnóstico foi realizado por meio de entrevistas com consumidores diretamente nos postos de venda, com a utilização de cem questionários previamente definidos. As variáveis investigadas como condicionantes do volume demandado de carne suína se baseiam em: quantidade consumida, fatores que poderiam levar ao aumento do consumo, modos de criação, característica do produto, e local de compra. Foram selecionados os estabelecimentos em diferentes horários e que comercializavam a carne suína no município, como açougues e mercados. Dos cem questionários aplicados, cerca de 57% dos entrevistados possuem o hábito de consumir carne suína, destes, 45% alegam estarem satisfeitos com a quantidade consumida, 12% não estão satisfeitos e 8% não estão satisfeitos, porém aumentariam o consumo. Quando questionados sobre quais fatores poderiam levar ao aumento do consumo de carne suína, 55% dos entrevistados responderam que a melhoria na apresentação da carne influenciaria no aumento do consumo, 47% na redução do preço da carne suína, 49% em realizações de campanhas de esclarecimento, 45% em instalações de granjas comerciais no município, 44% no aumento da oferta no mercado e açougues e 45% na diminuição da quantidade de gordura/colesterol. A maioria dos entrevistados desconhece os modos de criação e alimentação nas granjas suínas, cerca de 72% dos entrevistados não apresentaram nenhum conhecimento e 28% apresentaram uma noção básica do modo de criação dos suínos, baseando-se na produção de subsistência. Com relação aos diferentes aspectos analisados da carne suína, 72% dos consumidores consideram a carne suína um alimento saboroso, 77% macio, 36% saudável, 61% de alto custo, 50% de fácil preparo, 41% de oferta razoável nos mercados e açougues e 45% a consideram com alto teor de gordura. Deste modo, 34% dos consumidores adquirem a carne suína in natura em mercados ou supermercados, seguido por açougues (9%). A minoria dos consumidores de Anastácio compram a carne suína em casas de carnes (2%), fazendas (5%) e dos produtores de subsistência (7%). Pode-se concluir que a oferta de carne suína no município é pequena, o que contribui para o aumento no preço do produto e reduz a demanda por parte dos consumidores. Embora grande parte dos consumidores consideram a carne suína saborosa, macia e de fácil preparo, para que ocorra o aumento do consumo, por parte daqueles que ainda não consomem, são necessárias campanhas de esclarecimento sobre os modos de criação e teor de colesterol presente na carne, informações sobre a melhoria na apresentação da carne.

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