Sistema Eletrônico de Administração de Eventos da UFGD, Anais do IV Workshop de Pós-Graduação em Zootecnia e Ciência Animal do Estado de Mato Grosso do Sul - 2017

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Probiótico, prebiótico e simbiótico sobre desempenho zootécnico e histomorfometria de cachara
Fúlvia Cristina Oliveira, Michelly Pereira Soares, Anuzhia Paiva Moreira, João Vitor Toledo, Leonardo Augusto Silva, Beatriz Pacheco Nogueira Oliveira, Cristiane Meldau de Campos

Última alteração: 2018-01-12

Resumo


Nos últimos anos tem-se intensificado o número de pesquisas relacionadas ao desenvolvimento de alimentos funcionais. Esses alimentos incorporados nas dietas alimentares de peixes primam por melhorar a saúde, digestão e a nutrição, proporcionando o consumo de nutrientes essenciais, e produzem substâncias que impedem a proliferação de agentes oportunistas. O objetivo deste trabalho foi avaliar o uso do probiótico, prebiótico e a combinação dos dois aditivos na dieta de juvenis de cachara Pseudoplatystoma reticulatum sobre desempenho zootécnico e histomorfometria intestinal. O experimento foi conduzido no Laboratório de Sanidade de Peixes, UEMS-Aquidauana-MS. Os juvenis de cachara apresentavam peso médio de 33 g (± 10) e comprimento total de 19 cm (± 1). Os peixes foram distribuídos em 20 caixas d’água de polietileno com volume útil de 80L, fluxo de água e aeração contínua. O delineamento foi inteiramento casualizado (quatro tratamentos / cinco repetições), cada caixa d’água com 14 exemplares, totalizando 280 juvenis de cachara. Os tratamentos consistiram na suplementação da ração comercial com 40% de proteína bruta: tratamento 1 sem aditivos (controle), tratamento 2 probiótico Bacillus subtillis (20 g kg), tratamento 3 prebiótico inulina (5 g kg); tratamento 4 simbiótico, Bacillus subtilis (20 g kg) + inulina (5 g kg). Os peixes foram alimentados duas vezes ao dia a 5% da biomassa, durante 60 dias. As biometrias foram realizadas após 32 e 60 dias de suplementação. Após jejum de 24 horas os peixes foram anestesiados com eugenol (50mg L-1), para mensuração do peso e comprimento. Após os 32 dias de suplementação dois exemplares de cada repetição foram eutanasiados e submetidos a uma incisão longitudinal no ventre para a exposição do órgão. Uma porção de aproximadamente 3 cm de comprimento da região proximal do intestino foi colhida. As amostras foram processadas em laboratório. De posse das lâminas histológicas fotodocumentadas, foi possível mensurar as variáveis pelo programa Motic Images Plus 2,0 ML. Após 60 dias de suplementação com as dietas contendo probiótico, prebiótico e simbótico não foram observadas diferenças significativas para as variáveis de desempenho zootécnico dos cacharas. Para a histomorfometria intestinal o grupo que recebeu a dieta simbiótica diferiu (P < 0.05) dos demais tratamentos apresentando menor número de células caliciformes. As variáveis: altura total, altura do vilo, largura do vilo, espessura do epitélio e camada muscular não apresentaram diferenças significativas. Em conclusão, a suplementação com B. subtilis, inulina e simbiótico na dieta de juvenis de cachara não melhora o desempenho zootécnico e a histomofometria intestinal.

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