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Metabolismo proteico de bovinos de corte confinados recebendo diferentes níveis de energia metabolizável
Última alteração: 2018-01-12
Resumo
Objetivou-se avaliar o status metabólico proteico de bovinos de corte recebendo dietas com diferentes níveis de energia metabolizável. O experimento foi realizado na Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, unidade de Aquidauana-MS, entre os meses de setembro a novembro de 2015. Utilizou-se oito bovinosnão castrados, nelorados, com peso vivo médio de 400 kg com 24 meses de idade, alojados em baias individuais com 6 metros quadrados, contendo comedouro e bebedouro individuais. Os animais foram distribuídos em dois quadrados latinos 4 x 4simultâneos, e receberam quatro dietas experimentais ad libitum, constituídas de silagem de milho e concentrado, com diferentes relações volumoso:concentrado: 20:80, 40:60, 60:40 e 80:20. No 14º dia de cada período foi realizada coleta de amostras “spot” de urina e de sangue, aproximadamente quatro horas após o fornecimento da dieta. Após a coleta, as amostras de urina foram diluídas em 40 mL de H2SO4 0,036 N e congeladas a -20ºC para determinação de creatinina, uréia e proteínas totais. As amostras de sangue foram coletadas imediatamente após a coleta de urina, sendo as amostras centrifugadas e o plasma encaminhado para análise de ureia sérica, utilizando kits comerciais. Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias foram comparadas pelo teste de Tukey, ao nível de 5%. Em todas as análises, utilizou-se o PROC GLM do SAS University (SAS Institute Inc., Cary, CA). A concentração de ureia no sangue dos animais aumentou com a inclusão de concentrado na dieta, sendo os tratamentos com 80% (31,625 mg dL-1) e 60% (28,499 mg dL-1) de concentrado superiores (P<0,05) aos tratamentos com 40% (20,875 mg dL-1 )e 20% de concentrado (13,999 mg dL-1). O nível de inclusão de concentrado na dieta influenciou significativamente (P<0,05) também a quantidade de ureia da urina, sendo maior nos tratamentos com 80 e 60% de concentrado (185,27 mg dL-1 e 180,64 mg dL-1, respectivamente), e menores nos tratamentos com 40 e 20% de concentrado (128,8 mg dL-1 e 65,333 mg dL-1,respectivamente). Quando avaliado o teor de PB na urina observou-se que tais teores também foram maiores nos animais recebendo 80% (497,08 mg dL-1) e 60% (484,32 mg dL-1) de concentrado na dieta, em relação aos que receberam 40% (343,25 mg dL-1) e 20% (175,73 mg dL-1).Este resultado pode estar relacionado a uma maior ingestão de PB à medida que os animais receberam dietas com maiores proporções de concentrado. Houve menor eficiência no uso da proteína metabolizável em bovinos que receberam 80% e 60% de concentrado.
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