Tamanho da fonte: 

A caracterização fenotípica, particularmente será decisiva para oficialização da raça ovina pantaneira. Um estudo exploratório foi iniciado em 2005 por pesquisadores da Uniderp (Anhanguera-Uniderp) – CTO, e posteriormente pela UFGD, no intuito de identificar e manter esse grupamento genético, e evitar a extinção, dado o risco de ser substituído por raças exóticas. O objetivo foi avaliar as características morfológicas de cordeiros Pantaneiros de diferentes biótipos. O experimento foi desenvolvido no módulo de confinamento do Centro de Pesquisa de Ovinos da Universidade Federal da Grande Dourados. Foram avaliados 34 cordeiros Pantaneiros de diferentes biótipos classificados quanto ao biótipo a partir de uma avaliação visual facial/corporal nos grupos A (n=10), B (n=4), C (n=10), D (n=6), E (n=4). Para a classificação dos biótipos os parâmetros avaliados foram a presença ou ausência de manchas, o perfil cefálico, a presença ou ausência de lã no rosto e nas extremidades. As características para os cordeiros participarem de cada grupo foram: Biótipos A: animais brancos com lã na cabeça e extremidades (focinho e olho) despigmentados; Biótipos B: animais brancos com lã na cabeça e presença de manchas, com focinho e olhos pigmentados; Biótipos C: animais brancos, calvos e com manchas leves; Biótipo D: animais brancos e com manchas leves, com acúmulo de lã no pescoço; Biótipo E: animais mais manchados. Para a avaliação morfológica os parâmetros levados em consideração foram os seguintes: Perfil cefálico: reto, convexo e côncavo; Chanfro: reto, convexo e côncavo; Focinho: fino ou grosso; Lã: cabeça, barriga, pernas e pescoço; Cor da lã: branca, preta, manchada e amarela; Pelo: branca, preto, amarela e manchada; Pele: despigmentada, branca, escura, amarela e mancha; Manchas: orelhas, cara, pernas e barriga; Óculos: ausentes, unilateral e bilateral; Cascos: pretos, brancos e rajados; Testículos: despigmentado, brancos, escuro, amarelo e pintado. Os resultados foram avaliados por uma análise discriminante com o auxílio do software Minitab® 17.1.0. O poder de discriminar cordeiros de diferentes biótipos com as avaliações morfológicas foi moderado assertivo, 90% A (9/1); 50% B (2/2); 70% (7/3); 66,6% D (4/2) e 50% E (2/2). A variável morfológica está relacionada com a avaliação para os biótipos, mais isoladamente não explica totalmente a classificação de um avaliador experiente.