Sistema Eletrônico de Administração de Eventos da UFGD, Anais do IV Workshop de Pós-Graduação em Zootecnia e Ciência Animal do Estado de Mato Grosso do Sul - 2017

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Critérios de seleção para produção de mozzarella de búfalas
Cristian Reinaldo Lesmo Duarte, Leonardo de Oliveira Seno, Rusbel Raul Aspilcueta Borquis, Francisco Ribeiro de Araujo Neto, Humberto Tonhati

Última alteração: 2018-01-12

Resumo


A seleção de bubalinos leiteiros vem sendo realizado, no Brasil e no mundo, com ênfase para a produção de leite. Contudo, a criação desses animais visa o processamento de derivados lácteos, principalmente mozzarella. A produção e a composição do leite são fatores que contribuem para o melhor rendimento industrial. Assim, o objetivo do estudo foi de comparar o ganho genético médio para a produção de mozzarella em bubalinos leiteiros, que foram submetidos a diferentes critérios de seleção. Para tanto, foi elaborado um programa computacional escrito em Fortran 90, para gerar as genealogias e os dados fenotípicos de uma população conceitualmente infinita, não endogâmica, não selecionada e que foi composta por 100 rebanhos de aproximadamente 200 búfalas. Foram considerados 35 touros de inseminação artificial (IA) e para monta natural uma relação de 1 macho a para 40 fêmeas. As características de produção total: leite (PL), gordura (PG), proteína (PP) e mozzarella (PM), bem como, as de porcentagem: gordura (%G) e proteína (%P) foram consideradas. Para a PM foi utilizada a equação PM (kg) = PL (kg) *[(3,5*%P)+((1,23*%G)-0,88)]/100. Com a finalidade de maximizar a PM, foram avaliados os seguintes critérios de seleção: seleção baseada em valores aleatórios (SA); seleção fenotípica (SF), levando em consideração a PL; índice de seleção (IS), constituído pela equação I = PL -0,91*PG + 36,21*PP; teste de progênie para PL (SPL), baseado na seleção pelos EBV´s para a PL; teste de progênie para PM (SM), baseado na seleção pelos EBV´s para a PM. Em todos os esquemas, foi considerada a adoção de 80% de IA e considerando um horizonte de seleção de 25 anos e 25 repetições. Para a SA não foram verificadas mudanças genéticas para as características estudadas, uma vez que o objetivo desta estratégia foi de testar o programa e de comparar com os demais esquemas de seleção. As mudanças genéticas observadas quando aplicada a SF foram: 197,30 kg, 9,07 kg, 5,64 kg, 30,18 kg, -0,066% e -0,021%, para PL, PG, PP, PM, %G e %P, respectivamente. Para a PL foram observados ganhos genéticos de 389 kg, 377 kg e 361 kg, quando aplicado SPL, IS e SM, respectivamente. Aumentos de 15,60 kg, 20,91 kg e 25,72 kg foram observados para a PG, quando aplicados os esquemas de SPL, IS e SM, respectivamente. Para a PP foram observados incrementos de 9,98 kg, 12,63 kg e 17,00 kg, para SPL, IS e SM, respectivamente. Para os constituintes do leite foram observadas mudanças de -0,013%, -0,06%, 0,049% para SPL, IS e SM, respectivamente, para %G; e de -0,044%, -0,026% e 0,025%, na mesma ordem, para %P. Para a PM foram observados incrementos de 46,27 kg, 63 kg e 76 kg, quando foram aplicados os esquemas SPL, IS e SM, respectivamente. A utilização do esquema SM levou ao maior ganho genético para a PM. Apesar da menor PM observada nos esquemas SPL e IS, estes também podem auxiliar na seleção para melhora a qualidade do leite.

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