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Tendo em vista a importância econômica e social da comercialização de isca viva na região do Pantanal Sul, este trabalho teve por objetivo avaliar custo de produção em cativeiro do lambari Astyanax sp. comercializado como isca viva em uma piscicultura localizada em Terenos, Mato Grosso do Sul. Foi realizado um levantamento dos custos de produção , aplicando-se um questionário em uma piscicultura parceira do programa Peixe Sempre. As questões levantadas foram sobre legalização da atividade, quantidade de mão de obra, despesas com ração, medicamentos, energia, combustível, arrendamento dos viveiros, entre outros. Para o cálculo do custo de produção dos peixes em piscicultura, foi utilizada a estrutura do custo operacional de produção, composta de custo operacional efetivo (COE) e custo operacional total (COT), resultante do COE acrescido da depreciação. Para o custo de produção de lambari, observou-se que para equipamentos foi necessário investir a quantia de R$ 9.373,60 e um capital médio de R$ 2.824,34. Baseado na produção total de 10 viveiros com 1.166 m2 de lamina d’agua cada, o custo total foi de R$ 36.920,90, produzindo em torno de 466,66kg de lambaris a cada três meses, obtendo um custo operacional efetivo médio de R$ 18,72 por kg de lambaris e um custo operacional total médio de R$ 19,60 por kg. Vale enfatizar que o lambari é vendido por milheiro a um preço médio de venda em torno de R$300,00 e o peso médio do peixe é em torno de 6 a 8g, o que significa cerca de 6 a 8kg cada milheiro. Merecem destaque os itens de maior participação no custo de produção que são, arrendamento, ração e mão de obra. A produção de lambari é viável, o custo de produção do pode ainda ser diluído com a produção de outras espécies de peixes,usadas como isca viva ou mesmo para consumo humano.