Sistema Eletrônico de Administração de Eventos da UFGD, Anais do V Workshop de Pós-Graduação em Zootecnia e Ciência Animal do Estado de Mato Grosso do Sul - 2018

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PARÂMETROS DA QUALIDADE DA CARNE DE SUÍNO ABATIDOS POR DOIS MÉTODOS DE INSENSIBILIZAÇÃO
Carla Crone, Adila Vasconcelos Marcon, Renata Aparecida Martins, Geyssane Farias de Oliveira, Fabiana Ribeiro Caldara, Liliane Maria Gonçalves Piano, Agnês Markiy Odakura, Beatriz de Assis Machado

Última alteração: 2019-03-26

Resumo


A presente pesquisa foi realizado com objetivo de avaliar a insensibilização por eletrocussão e dióxido de carbono (CO2), quanto aos parâmetros de qualidade do músculo Longissimus lumborum. Foram utilizados 172 suínos, com idade aproximada de 180 dias e peso médio corporal de 125 ± 5,0 Kg, submetidos ao mesmo manejo pré-abate, distribuídos em delineamento inteiramente casualizado em dois tratamentos: insensibilização por dióxido de carbono CO2 e eletrocussão. A insensibilização por eletrocussão (n=86) foi executada por meio de um equipamento automático de contenção, com a aplicação de eletricidade em três pontos: dois à frente da orelha, nas fossas temporais e um no coração. A insensibilização gasosa (n=86) foi realizada por meio de CO2, em concentração de 90%. As variáveis analisadas foram: pH das carcaças esquerdas (45 minutos após o abate e 24 horas após o abate), coloração da carne realizada por meio de um colorímetro portátil, utilizando-se a escala L* (luminosidade), a* (teor de vermelho), b*(teor de amarelo), perda de liquido por gotejamento, perda líquida por descongelamento onde permaneceram sob refrigeração por 24 horas à 4ºC, sendo então pesadas e cocção, assadas em forno elétrico a 170 °C, após o cozimento, foram resfriadas à temperatura ambiente por uma hora, e então  pesadas. O pH inicial do músculo Longissimus lumborum de suínos atordoados com CO2 foi maior (p<0,05) em comparação aos animais submetidos ao atordoamento por eletrocussão. Não houve efeito (p>0,05) do método de insensibilização sobre o pH final da carne. Houve efeito do método de atordoamento sobre a perda de líquido por gotejamento e descongelamento. Entretanto, a perda de líquido na cocção foi maior (P<0,001) em amostras provenientes dos animais submetidos à insensibilização por eletrocussão. Suínos atordoados por eletrocussão apresentaram maior luminosidade (L*) no músculo LL em relação aos submetidos à insensibilização gasosa (p<0,05), com valores ligeiramente superiores ao recomendando (L * ≤ 50). Não houve efeito do método de insensibilização sobre os valores de a* e b*. Portanto, a eletrocussão favoreceu o aparecimento de carnes com maior porcentagem de perda de líquido por cocção e coloração mais pálida, que podem desfavorecer a decisão de compra pelo consumidor.

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