Sistema Eletrônico de Administração de Eventos da UFGD, IV SELAC - Seminário de Literatura e Arte contemporânea - 2019

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AONDE ESTOU NOS LIVROS DIDÁTICOS? O QUE AS IMAGENS NOS DIZEM SOBRE A FIGURA DA MULHER
Marcela dos Santos Ortiz, Marcos Antônio Bessa-Oliveira

Última alteração: 2019-07-25

Resumo


: Este resumo apresenta uma proposta do ensino de ciências a alunos/as dos Anos Iniciais da Educação Básica permeadas por questões de gênero a partir das ilustrações da figura feminina nos livros didáticos. Os referenciais utilizados para a execução desta pesquisa foram: Souza (2002), Hall (2016; 2006), Candau e Moreira (2013), Foucault (2000) entre outros. Diante do atual momento em que o campo educacional vem sendo demarcado por tensões políticas, cujos conteúdos relacionados à sexualidade e gênero têm sido reduzidos a doutrinação ideológica, existem divergências acerca desses conteúdos e se os mesmos devem ou não ser trabalhados pelos/as professores/as na sala de aula. O Conselho Nacional de Educação (CNE) recentemente acatou a sugestão do Ministério da Educação (MEC) e excluiu da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), aprovada em 20 de dezembro de 2017, as questões relacionadas a gênero e sexualidade, o que torna emergente a discussão para embasamento teórico por partes dos docentes que, utilizando de revisão bibliográfica e ensaios embasados na prática, por meio da interpretação de imagens nos livros didáticos, por exemplo, superem a máxima de que apenas o sujeito do sexo masculino, fálico e branco seja capaz de produzir conhecimento. Para isso serão apresentadas possibilidades para uma atuação docente que potencialize aos/às alunos/as autonomia intelectual, cultural, artística, educacional e científica frente às ilustrações da mulher no livro didático. É relevante dizer que o sujeito deva ser percebido como um ser que interage, pensa e age sobre o mundo que o cerca desde o início de sua existência haja vista que esses estão inseridos em uma determinada cultura e com ela estabelecem diálogos, construindo assim: sua identidade, personalidade e fundamentalmente sua forma de visualizar e interpretar os fatos de seu cotidiano. Além disso, é emergente que haja um exercício sobre (re)pensar acerca da ocultação de todas as figuras que se diferem do padrão hegemônico – homem, branco, cristão e fálico – incitando uma reflexão que não naturalize e legitime esses discursos em imagens. É preciso problematizar a figura da mulher ilustrada no livro didático a fim de que esta não apenas se encontre representada, mas que se estabeleça enquanto produtora de conhecimento científico.


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