Sistema Eletrônico de Administração de Eventos da UFGD, IV SELAC - Seminário de Literatura e Arte contemporânea - 2019

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ARTISTA EDUCADOR X ARTISTA CELEBRIDADE: QUAL A CONCEPÇÃO DE ARTISTA NO ÂMBITO PROFISSIONAL E QUAIS OS FATORES EXTERNOS DETRMINAM O RECONHECIMENTO DA MESMA PROFISSÃO REALIZADA EM SUAS DIVERSAS VERTENTES
Ana Karolina Lannes, Marcos Antônio Bessa-Oliveira

Última alteração: 2019-07-25

Resumo


O presente trabalho tem por objetivo expor a discrepância de valorização e reconhecimento existente entre o artista docente e o artista celebridade, examinar a raiz social desse comportamento e exaltar os pontos principais da formação do pensamento alienado das massas em relação ao fazer e ao ensinar artístico. Com o intuito principal de desenvolver um olhar mais crítico sobre quais valores estão sendo levados em conta no meio artístico de trabalho nos dias atuais. A valorização da arte, do ser e do saber artísticos vem sendo medida com base em nível de popularidade, fama e dinheiro. Como se trabalhar com arte não fosse mais o suficiente para ser considerado um artista! Para que tal consideração/reconhecimento ocorra está sendo levado em conta a sua participação no conturbado mundo dos holofotes, revistas de fofoca e redes sociais. Proponho com a minha pesquisa, um aprofundamento nas causas e consequências dessa alienação, procurando figuras que tenham relação com ambos os mundos e me inserir mais nas realidades dessa profissão. Transpasso a minha pesquisa com as do meu orientador (BESSA-OLIVEIRA), como seres colonizados que somos ainda possuímos uma submissão descabida, inclusive refletida na arte, nos artistas e no público. Tenho como objetivo conseguir que entendamos e aceitemos as manipulações diárias que são impostas em relação à mídia, e procuro como tentativa ajudar no desenvolvimento de um senso crítico mais individualista e sensível. Durante o aprofundamento com essa discussão eu esbarrei em diversas perguntas que me guiariam a uma lógica em relação à manipulação existente entre veículos midiáticos, o capitalismo por trás disso, e no que a sociedade está falhando para consigo mesmo. Fazendo reflexão devido à enorme circulação de diferentes tipos de arte e artistas no cenário mundial, Lipovetsky em companhia de Jean Serroy, no livro A estetização do mundo (2015) Segundo a minha interpretação argumentam da autoconcepção artística, um estrelamento meteórico autoconstruído, e de uma artealização no mundo contemporâneo: uma época compreendida como cada vez mais capitalista por causa dos meios de produção midiáticos que contribuem para a exteriorização de sujeitos que se tornam artistas do dia para a noite. “Por mais que se pense o que é educar com a arte, para a arte, para que se possa compreender a arte e a complexidade de forças que a envolvem, há sempre questões em aberto, mutações discursivas e trabalho duro” (ZORDAN, 2007, p. 04).


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