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Esta pesquisa tem como objetivo a análise de “Aluno Inteligente”, segundo conto presente no livro Quatro estações, do escritor norte-americano Stephen King. O conto traz uma história com dois personagens principais, que possuem uma forte ligação entre si, bem como nos remete a assuntos históricos, como a Segunda Guerra Mundial, o nazismo e o holocausto, ao passo que fala de questões atuais um tanto quanto problemáticas.  Todos esses temas estão envoltos em uma narrativa chocante, possibilitando uma discussão teórica a partir de dois conceitos: o “terror” e a “repulsa”. De acordo com King (1983), o “terror” se explica como sendo as sensações que determinadas leituras nos causam, tratando-se de um sentimento causado pelo próprio processo de imaginação, que é intrínseco ao ser humano, uma vez que este está sujeito a uma gama de estímulos, quando se propõe a ler alguma narrativa relacionada ao tema. Já a “repulsa” pode ser entendida como aquilo que chocaria tanto um leitor desavisado quanto um já habituado, pois nada mais é do que algo que causa aversão, mal-estar e até mesmo indignação, à medida que fere a integridade moral de quem lê. Grosso modo, o terror pode ser considerado algo de caráter puramente psicológico, enquanto a repulsa é quase uma “reação biológica” àquilo que, de alguma maneira, se opõe aos bons costumes e até mesmo o bom senso. Além do próprio King, que apresenta suas reflexões teóricas em seu livro Dança macabra, analisaremos o conto em questão com base em outros autores que trataram de temas semelhantes, tais como Howard Phillips Lovecraft (1987), autor de O horror sobrenatural na literatura, e Noël Carroll (1999), com A filosofia do horror: ou os paradoxos do coração. Centraremos nossa atenção aos aspectos da narrativa que permitam um olhar crítico voltado ao terror e à repulsa, assim como buscaremos relacionar tais conceitos com os fatos históricos que permeiam o texto.