Sistema Eletrônico de Administração de Eventos da UFGD, II SELAC - Seminário de Literatura e Arte contemporânea - 2017

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A REPRESENTAÇÃO FEMINISTA EM AMERICANAH DE CHIMAMANDA NGOZI ADICHIE
Rafael Francisco Neves de Souza, Leoné Astride Barzotto

Última alteração: 2017-09-27

Resumo


Após as correntes neocoloniais perceberem a importância da denúncia contra as explorações de grandes nações imperiais, a voz desse sujeito marginalizado começou a ganhar força por meio das manifestações não apenas literária, mas artísticas de forma geral. Por isso, este ensaio propõe um estudo sobre como Ifemelu, no romance Americanah (2013), da nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie, consegue promover suas manifestações como uma personagem que se enquadra na construção do feminismo na pós-modernidade. Portanto, torna-se necessário uma justificativa que traça a questão histórica e social do pós-colonialismo e como esses estudos conquistaram seus espaços no âmbito social, destacando como o sujeito marginalizado consegue desenvolver e ampliar suas raízes culturais mesmo com a opressão neo/colonizadora. Juntamente à teoria pós-colonial, é levado em conta também o feminismo, que permite uma abordagem mais abrangente, vinculando questões de gênero, configurando assim um corpus teórico que dê conta de analisar o fenômeno da marginalização em um Estado estrangeiro de maneira interseccional, permitindo também, como os efeitos da imigração afetam o sujeito marginalizado no espaço do Outro e, acaba portanto, por ter sua identidade nacional moldada de acordo com o sistema neoimperialista. Pretende-se assim que essas correlações, identificadas no romance, levem a algumas considerações sobre a situação da mulher, negra e imigrante em uma nação imperial como os Estados Unidos. Além de ter um dos textos teóricos como base Sejamos todos feministas (2012), também da Chimamanda Ngozi Adichie, onde a autora elenca argumentos sobre o feminismo na sociedade atual baseados em suas próprias experiências como um sujeito que sofre os processos dos deslocamentos.

Palavras-chave


Chimamanda Ngozi Adichie; Pós-colonialismo; Feminismo.

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