Sistema Eletrônico de Administração de Eventos da UFGD, II SELAC - Seminário de Literatura e Arte contemporânea - 2017

Tamanho da fonte: 
POÉTICAS GUARANI NA FESTA ARÉTE GUÁSU
Márcia Souza Oliveira

Última alteração: 2017-09-27

Resumo


A observadora estabelece outras relações corporais com o mundo vivido, e permite que seu corpo seja atravessado pelo sensível, pelo político e pelo estético presente na Arte Indígena. Essa ação resulta no encontro da observadora com o em si mesmo. Nesse relato de experiência são objetivados os diálogos da observadora com pesquisadores indígenas e não indígenas que ocorre na paisagem do acadêmico, na Universidade Federal da Grande Dourados. Beber dessa fonte orienta a escrita do anteprojeto de pesquisa que trata das poéticas indígenas guarani no Chaco Ocidental. A aproximação da observadora com as pessoas indígenas foi pela relação de alteridade. Iniciou no período em que foi professora substituta no Curso de Artes Cênicas na FACALE. Naquele momento as questões eram de inquietações e diziam respeito à Performance em Dança Popular, cujas referências vinham do mestrado no PPG/Artes- UFU. Eram propostas dialogadas com Joice Aglae Brondani e Renata Bittencourt Meira (2014) que foram somadas aos estudos performáticos interculturais de Richard Schechner na abordagem de Zega Ligiéro (2012). O segundo encontro se dá com pesquisadores indígenas e não indígenas na Faculdade de Ciências Humanas e tem apoio dos professores do programa de Antropologia e História. Dentre eles, Graciela Chamorro oportuniza visitas às aldeias nas proximidades de Dourados e também o estudo de grupo com Isabelle Combès, onde ambas aprofundam na História e Etnografia dos Povos Guarani falantes contemporâneos. Atravessada por Vitor Turner (1974), Graciela Chamorro (2010), Tício Escobar (2012), Diego Villar e Frederico Bossert (2014), a observadora fica interessada no drama social dos indígenas, cujos mitos envolvem a perda da dimensão simbólica do espaço físico e primordial de renovação da existência, as ações de movimento motivadas pelas imagens, imaginários e sonhos, e relações de movimento da população indígena de “corredor”. O estético é encontrado nos contornos da produção da Arte Indígena no Paraguai que alia função e forma, que começa no território do corpo e envolve o ambiente imediato cumprindo funções transcendentais e utilitárias, políticas e recreativas. O tema Arte Indígena Guarani: Aréte Guásu no Chaco Ocidental transparece, enfim. E a observadora verticaliza estudos nas máscaras chiriguano de origem Chané e na performance corporal que podem ajudar na reflexão sobre temporalidade, memória e cosmologia guarani. O ritual estudado é conhecido como carnaval chiriguano, pim pim e Grande Festa em que o uso das máscaras se dá principalmente entre os grupos indígenas chiriguano na Argentina, na Bolívia e no Paraguai.

Palavras-chave


Arte Indígena; História; Cosmologia Guarani.

Texto completo: PDF