Sistema Eletrônico de Administração de Eventos da UFGD, III SELAC - Seminário de Literatura e Arte contemporânea - 2018

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A PERSPECTIVA AMOROSA EM O CONTO DO CAVALEIRO E FAROESTE CABOCLO
Rafael Francisco Neves de Souza

Última alteração: 2018-09-30

Resumo


Este trabalho tem como objetivo destacar, através de uma análise comparada, como as personagens presente em dois textos completamente distintos não apenas linguisticamente, mas também temporalmente, mantêm os tratados do “Amor Cortês” medieval. Será usado como análise O Conto do Cavaleiro do escritor britânico Geoffrey Chaucer (1400) e a música Faroeste Caboclo do brasileiro Renato Russo (1999). Geoffrey Chaucer é conhecido na literatura universal pela sua obra The Canterbury Tales na qual ele narra as aventuras de um grupo de peregrinos que parte de Londres rumo à cidade de Cantuária com o objetivo de visitar o túmulo do arcebispo Thomas Beckett. Em outro panorama, temos Renato Russo que traça a história de um jovem, João de Santo Cristo, marginalizado no espaço nacional problematizando assim, todas as questões sociais, econômicas e ideológicas no Brasil. Sendo assim, será evidenciado como as personagens apontadas em universos temporais tão dispares conseguem dialogar através do universo narrativo-literário e, ao elencar isso, será feita uma conexão teórica entre a literatura comparada e o amor cortês, sendo esse último, utilizado para descrever os passos que o “cavalheiro” medieval precisa cumprir para cumprir sua dama na lírica medieval. Segundo André Capelão (2000), responsável pela produção teórica do amor cortês, esses passos servem como base para entender todo o contexto existe na construção amorosa entre damas e cavalheiros. O mesmo embate, encontra-se na lírica de Faroeste Caboclo, de Renato Russo e essa construção presente nas duas narrativas, será o gancho para alinhar a literatura comparada segundo Tânia Carvalhal (2004), para entender a semelhanças presentes nessas duas obras literárias.

 

Palavras-chaves: Amor cortês; literatura comparada; Arcita e Palamon; João de Santo Cristo.


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