Sistema Eletrônico de Administração de Eventos da UFGD, III SELAC - Seminário de Literatura e Arte contemporânea - 2018

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LITERATURA VISUAL: ESPECIFICIDADES E SINGULARIDADES
Rosana de Fátima Janes Constâncio

Última alteração: 2018-09-30

Resumo


Este resumo se propõe a refletir e entender a singularidade do jeito de transmitir e se apropriar da cultura considerando peculiaridades e especificidades próprias de uma língua de modalidade visual espacial, o registro da evolução ou permanência dos sinais e o uso no jeito de narrar à literatura visual, respeitando as características psicolinguísticas e linguísticas que o surdo usuário da língua de sinais brasileira, mais conhecida como Libras, utiliza para disseminar a sua cultura, língua no contexto social/educacional/cultural. Faz-se necessário entender que esta mediação ocorre com línguas de modalidades distintas compreendendo a Língua Portuguesa, que é oral auditiva e a Língua de Sinais Brasileira, uma língua visoespacial. Também entender a análise do discurso que abrange estas línguas de modalidades tão distintas em um universo fronteiriço que compreende não somente a língua, mas culturas, saberes, conhecimentos e circunstâncias peculiares a todo processo que abrange a individualidade de contar histórias na língua brasileira de sinais. Compreende que para tal disseminação da cultura surda, para propagar a literatura surda, há toda uma característica na produção dos sinais e das escolhas lexicais, que são utilizadas na transmissão da contação de histórias, observando a originalidade do jeito de interpretar para que de fato seja fidedigna a todo contexto discursivo. Assim, o surdo ou o intérprete de Libras ao narrar faz uso de recursos peculiares a esta língua, ou seja, a expressão facial e corporal, o uso do espaço, a direção do olhar e outros recursos linguísticos a ela associados. A literatura surda compreende todos os gêneros literários que são narrados, interpretados, vivenciados ou contextualizados com a excepcionalidade linguística de uma língua de sinais que garante o entendimento e a compreensão do que se pretende propagar. O presente estudo traz como referências as obras Patinho Surdo (2005) e Rapunzel Surda (2003), de Fabiano Rosa, Lodenir Karnopp e Carolina Hessel Silveira, bem aporte teórico de Rosa Hessel Silveira (2000, 2002).

 

Palavras-chaves: Literatura surda; Língua de Sinais Brasileira; Especificidades; Singularidades;


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