Sistema Eletrônico de Administração de Eventos da UFGD, III SELAC - Seminário de Literatura e Arte contemporânea - 2018

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POR UM INVENTÁRIO DRAMATÚRGICO DE CAIO FERNANDO ABREU: UMA VIAGEM AO INÍCIO DE TUDO
Maysa Bernardes Buzzolo, Wagner Corsino Enedino

Última alteração: 2018-09-30

Resumo


Ancorando-se nas contribuições de Décio de Almeida Prado (2000), Renata Palottini (RESUMO: 1989), Jean-Pierre Ryngaert (1996), Patrice Pavis (1999) Sábato Magaldi (1998 e 2004) e Anne Ubersfeld (2005) acerca do discurso teatral; nos pressupostos teóricos de Jean Chevalier e Alain Gheerbrant (1991) no que se refere ao campo simbólico das produções artísticas; nas reflexões de René Wellek & Austin Warren (1955), T.S. Eliot (1989), Sandra Nitrini (2010) e Mikhail Bakhtin (1992) quanto aos aspectos que circunscrevem a Literatura Comparada, este trabalho tem por objetivo investigar a configuração textual do(s) espaço(s) e das personagens na peça teatral Pode ser que seja só o leiteiro lá fora (2009), do escritor contemporâneo Caio Fernando Abreu. Conhecido no compêndio literário por seu trabalho narrativo, o ficcionista também contribuiu, como dramaturgo, na literatura brasileira do século XX. Com fortes tendências dramáticas e poeticidade peculiar em sua prosa, sua obra dramatúrgica não foge ao já conhecido fazer literário caiofernandiano. Assim, a perspectiva adotada, nesta pesquisa, mantém como fio condutor a abordagem do próprio texto, procurando compreendê-lo a partir de sua configuração interna e dos parâmetros construtivos adotados. Para tanto é preciso compreender a peça Pode ser que seja só o leiteiro lá fora (2009) sem a desvincular da história social e política sobre a qual se pronuncia, sem esquecer o diálogo que mantêm com seu contexto de produção. Com efeito, torna-se necessário analisá-la e interpretá-la segundo os parâmetros de um “possível” projeto estético de Caio Fernando Abreu, bem como seu diálogo/ruptura com a tradição literária.

 

Palavras-chave: Teatro brasileiro contemporâneo; Dramaturgia; Literatura Comparada; Caio Fernando Abreu.


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