Sistema Eletrônico de Administração de Eventos da UFGD, I Colóquio de Psicologia, Educação e Trabalho: construindo a inclusão em diferentes contextos

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O ENSINO DA CIÊNCIA NO CONTEXTO DAS PRÁTICAS DE ENSINO COM O SURDO
Lilian Raquel Miranda Guanes, Nelson Dias

Última alteração: 2020-02-17

Resumo


O presente trabalho tem como objetivo discutir a relação do ensino da ciência na prática docente com estudantes surdos, em cunho de pesquisas bibliográficas, entendem-se que ensinar ciências é formar um indivíduo que busque conhecimentos em seu meio, para que possa se tornar consciente de suas ações e suas responsabilidades perante a sociedade, por meio desta consideração as práticas devem nortear para desenvolver a curiosidade e o raciocínio lógico, para isso as práticas de ensino envolvem metodologias diversificadas (multimodalidade) como: leituras, observações, tabelas, gráficos, comparações, imagens, vídeos, aulas de campo, experimentações. Frente a isso questionamos: e o sujeito surdo? Como são as metodologias que o permite ter acesso aos conteúdos na sua língua materna? Nesse contexto, percebemos que ainda as práticas de ensino estão baseadas prioritariamente na utilização da linguagem oral e escrita, sobrepondo a necessidade de utilização de outras formas de linguagens, o surdo, por conta da sua própria língua possui uma percepção de mundo diferente dos ouvintes. Os sujeitos surdos utilizam outros tipos de linguagens para estabelecer um canal comunicativo com professor e seus colegas de turma, como: figura, fotos, vídeos, gifs, expressões corporais/faciais, etc. É nesse sentido, que discutimos a multimodalidade no ensino de ciências (utilização de vários recursos) como processo inclusivo para os estudantes surdos. Nesse contexto, buscamos estratégias que de fato respeite a diversidade linguística do surdo, promovendo assim acessibilidade, com a utilização de recursos didáticos visuais na construção de sentido desses sujeitos, valorizando as experiências por meio de suas interpretações das imagens e de outros recursos que não sejam prioritariamente da língua escrita ou oral. Pensar nessas possibilidades e estabelecer um elo entre as modalidades de ensino de ciências com a educação inclusiva poderá abrir caminho para repensarmos estratégias e práticas que muitas vezes se tornam excludentes no processo de ensino.

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