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Na atual conjuntura brasileira, a exploração da força de trabalho e os desmontes dos direitos trabalhistas estão ganhando força velozmente na mesma medida em que a “classe-que-vive-do-trabalho” está perdendo seus direitos e benefícios conquistados ao longo da história das lutas trabalhistas. Nesse sentido, o trabalho das professoras do Atendimento Educacional Especializado (AEE) também vem sofrendo com as reestruturações no mundo do trabalho educacional, especificamente com a precarização, flexibilização e terceirização. Dessa forma, fundamentada na perspectiva marxista e nos processos, ontológico e histórico da sociedade nos contextos de ação humana laborativa, esta pesquisa teve como objetivo compreender, a partir da categoria trabalho, as relações no mundo laboral das professoras do AEE e as suas consequências. Sendo assim, a análise foi pautada no materialismo histórico-dialético e a coleta de dados se deu por meio de observações, entrevistas semiestruturadas e a aplicação do Inventário de Trabalho e Riscos de Adoecimento (ITRA). Os resultados encontrados com base nas pesquisas bibliográficas e também na parte empírica da pesquisa foram de agravamento do adoecimento físico, mental e social das professoras do AEE. Adoecimentos estes, que estão vinculados ao modelo toyotista de produção, pois os elementos que se destacaram na tabulação dos dados vão de encontro com esse modo de gestão e organização do trabalho, tais como: a intensificação do ritmo de trabalho devido ao número reduzido de profissionais, a cobrança e o controle na execução das tarefas, a precarização nas condições estruturais de trabalho, a flexibilização dos vínculos contratuais, e principalmente a mão-de-obra multifuncional.