Sistema Eletrônico de Administração de Eventos da UFGD, I Colóquio de Psicologia, Educação e Trabalho: construindo a inclusão em diferentes contextos

Tamanho da fonte: 
A PSICOLOGIA NA ASSISTÊNCIA SOCIAL: TENSÕES E PERSPECTIVAS DO TRABALHO NO CENTRO DE REFERÊNCIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL - CRAS
Simone Bitencourt Munhoz, Milena Ramos Alcantara, Gabriela Rieveres Borges de Andrade

Última alteração: 2020-02-17

Resumo


A trajetória da assistência social no Brasil é marcada, até o final dos anos de 1980, pelo predomínio de ações prestadas por instituições não governamentais, filantrópicas e religiosas. As intervenções do Estado eram esporádicas e ligadas às atividades da primeira dama. No entanto, muitas famílias não eram atendidas em suas necessidades, visto que esse tipo de assistência baseava-se nos vínculos pessoais. O direito a assistência social, foi colocado na Constituição de 1988 formando, junto com a saúde e a previdência social, o tripé do sistema de Seguridade Social. O Sistema Único de Assistência Social (SUAS) materializou-se através da Política Nacional de Assistência Social (PNAS) em 2004 como um sistema descentralizado e participativo, responsável por regular e organizar a oferta de programas, projetos, serviços e benefícios socioassistenciais em todo o território brasileiro. Este trabalho propõe analisar, a partir das experiências do estágio obrigatório supervisionado em um CRAS, articuladas a leitura de documentos governamentais e de artigos científicos, a atuação do profissional da psicologia no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS). O desafio observado é que o papel do/da profissional da psicologia confunde-se com a do/da assistente social, já que as atividades realizadas são praticamente as mesmas. A diferença na atuação está na maneira com que cada profissional olha para as diversas situações que os usuários dos serviços relatam, ou seja, é uma diferenciação sutil e que aparece nas discussões de caso da equipe multiprofissional. A atuação do(a) psicólogo(a) na Assistência Social é recente no Brasil. Com a entrada da psicologia nos serviços de assistência social, exige-se o aprofundamento da compreensão histórica e social sobre os processos de exclusão/inclusão. Assim, o/a profissional da psicologia precisa repensar cotidianamente seus processos de trabalho, apropriando-se e criando ferramentas que sejam efetivas neste campo de atuação.

Texto completo: PDF