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De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais, o ensino da matemática deve ser significativo, isto é, o aluno deve relacionar os conceitos matemáticos com situações representativas do seu dia a dia, estabelecendo “conexões” com os conteúdos desenvolvidos na escola. Para tanto, o uso de “recursos didáticos, como jogos (grifo meu), livros, vídeos, calculadoras, computadores e outros materiais têm um papel importante no processo de ensino e aprendizagem” (PCN‟s, 1997, p. 19).Na escola, não basta apenas que o docente tenha conhecimento dos conteúdos propostos pelos Parâmetros Curriculares Nacionais, que norteiam o currículo escolar e seu plano de aula. É necessário que ele conheça, as correntes teóricas que poderão dar sustentação à sua práxis em sala de aula. Como por exemplo a concepção piagetiana, na qual, é possível observar que, para que a estrutura cognitiva do discente evolua, é necessário que a intervenção pedagógica provoque conflitos cognitivos, ou situações desequilibradoras adequadas, visando uma construção progressiva de noções matemáticas. Piaget, em suas pesquisas, observou que a criança não é apática ao meio em que vive, a todo tempo interage com os objetos e pessoas que estão à sua volta, constantemente adapta-se ao meio ou a novas situações. Estas adaptações são possíveis através de processos como a assimilação - ocasionada por tirar o indivíduo de um estado de equilibração anterior para uma desequilibração ou conflito. Quando os processos mentais se equilibram, acontece uma acomodação, partindo para uma nova adaptação. Segundo Piaget (1971): “ora, assimilando assim os objetos, a ação e o pensamento são compelidos a se acomodarem a estes, [...]. Pode-se chamar 'adaptação' ao equilíbrio destas assimilações e acomodações” (p.150). Cabe então, ao professor, provocar conflitos cognitivos a fim de que o aluno saia da acomodação e parta para uma nova adaptação. Neste sentido, o jogo está imbuído de aprendizagem, o que promove o desenvolvimento, porque tira o indivíduo de um estado de assimilação e acomodação partindo para novas possibilidades, proporcionando ao sujeito ir além daquilo que já está posto. Pesquisadores como Regina Célia Grando, Rosely Palermo Brenelli, Lino Macedo e outros evidenciam em seus estudos o uso de jogos como um dos recursos didáticos que favorecem a aprendizagem das quatro operações matemáticas básicas nos anos iniciais do Ensino Fundamental porque permitem ao professor, trabalhar também, com outros conteúdos e conceitos matemáticos, possibilitando ainda, um planejamento mais dinâmico e significativo das suas aulas, o que corrobora para um ensino mais motivador. Aos alunos, os jogos proporcionam uma construção do conhecimento de forma interativa, divertida e prazerosa por conta do caráter lúdico que o jogo apresenta. Para tanto esta oficina propõe: Discussão sobre a relevância dos jogos matemáticos em sala de aula atendendo aos objetivos propostos, a qual acontecerá concomitantemente com a exposição de slides referentes ao conteúdo teórico.Demonstração de alguns jogos matemáticos que os professores podem confeccionar em sala com seus alunos. Confecção de alguns jogos. Palavras-chave: lúdico, brincadeiras, jogos e matemática