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Este texto apresenta elementos de uma experiência de aprendizagem vivenciada durante a disciplina de História da Matemática para o Ensino de Matemática, oferecida no curso de licenciatura em Matemática da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, e tem por objetivo apresentar algumas possibilidades e compreensões sobre a articulação entre o uso de jogos e ensino de História da Matemática, como forma de contextualização do conteúdo, de modo a ampliar e potencializar a capacidade de aprendizagem do conteúdo matemático. Muitas vezes os recursos lúdicos são utilizados apenas como forma entretenimento para os alunos, distanciando-se de uma visão deste enquanto ferramentas didáticas para o aprendizado da matemática, visto que, por vezes, tais recursos são associados à desordem e/ou falta de disciplina. Por outro lado, comumente a história da matemática tem sido apresentada aos alunos como passa tempo, um descanso merecido após uma sequência “dura” de atividades técnicas e listas de exercícios, visão esta denunciada já na década de 20, e denominada História Anedotário. Desta forma, buscamos neste texto formas de instigar profissionais da docência a (re)pensar a utilização destes recursos, o lúdico e a história de maneira articulada, possibilitando aos mesmos, promover uma maior integração entre o professor, o aluno e conhecimento matemático. Para tanto, buscamos apoio teórico em Miguel e Miorim no que tange as possibilidades de utilização da História da Matemática como recurso didático, bem como em Kishimoto para subsidiar as reflexões sobre a utilização do lúdico na sala de aula, visando a construção do conhecimento. Tomando como aporte metodológico a abordagem qualitativa proposta por Marly André, e apoiados na análise documental de Bardim, buscamos em textos e livros didáticos verificar possibilidades de abordagem de conteúdos relacionados a História da Matemática. Evidenciamos que nesse processo, nosso olhar sobre o contexto histórico tem por objetivo compreender não somente se um determinado jogo foi ou não utilizado para ensinar História da Matemática, mas verificar sua potencialidade para ser utilizado para tal fim. Complementa nosso material de análise a observação e excertos extraídos das falas dos discentes durante o desenvolvimento de aulas simuladas na disciplina já citada. Os registros de nossa observação constam no diário de bordo de cada um dos ministrantes da aula que, juntamente com o professor regente da disciplina, figuram entre os autores deste texto. As análises dos dados apontam que a junção História-lúdico ampliou a receptividade entre os discentes da disciplina, ampliando sua interação com os demais e, deste modo, contribuindo para a construção do próprio conhecimento. Por outro lado, os diálogos coletados durante as atividades apontam opiniões antagônicas entre os discentes, divergindo sobre o que alguns consideram uma aula dinâmica e participativa, ao passo que outros relatam desconforto com a mudança na rotina e desestruturação do ambiente de aula.  Palavras chaves: Jogos; Ludicidade; História da matemática.