Sistema Eletrônico de Administração de Eventos da UFGD, v.1, n.1 - I Congresso Nacional de Educação Matemática da Grande Dourados

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DIFERENTES OU IGUAIS? PRA MIM TANTO FAZ! – UMA AÇÃO PEDAGÓGICA INTERDISCIPLINAR EM UMA SALA DE 5º ANO
Ana Paula Pachega Albuquerque

Última alteração: 2018-09-13

Resumo


O ensino no ensino fundamental, assim como na educação infantil, precisa partir da necessidade do educando em aprender determinado conteúdo de uma forma que ele se envolva com o conhecimento e aprenda a aprender. Fala-se muito na ludicidade na educação infantil e nos esquecemos que 4º e 5º anos são compostos por crianças de 09 a 11 anos, normalmente. Portanto, o trabalho com o lúdico também é importante para um melhor compartilhamento do conhecimento. Esse artigo relata um trabalho interdisciplinar desenvolvido no estágio supervisionado com alunos do 5º ano de uma escola pública de Dourados/MS. A ideia de trabalhar as diferenças surgiu a partir de uma discussão com a professora regente do 5º ano, segundo ela, o bullying ainda é muito presente na escola. Porém, mesmo com palestras e depoimentos a prática do “deboche” ainda acontece constantemente na sala. A proposta do estágio era para que fizéssemos um trabalho interdisciplinar que contemplasse várias disciplinas do currículo escolar. Diante dessas situações, o plano de ação pedagógica foi construído com um enfoque no combate ao bullying. Entretanto, falar sobre isso parece enfadoso para os alunos, por isso mudamos as palavras e a linguagem. Ao invés de combater o bullying tratamos das diferenças das pessoas e como isso não muda a importância que elas têm como ser humano. O objetivo do trabalho é favorecer o desenvolvimento da aprendizagem através do trabalho prático contextualizando os conteúdos do currículo escolar juntamente com questões sociais. Trabalhar os temas transversais possibilitam que os alunos possam pensar, discutir e questionar as suas atitudes e as de quem convive. Quando o aluno tem consciência de que seus atos, por menores que pareçam, pode interferir drasticamente na vida de outras pessoas, ele poderá se questionar a respeito de suas atitudes. Para tanto, adota como aporte teórico os documentos oficiais como o Referencial (2012), os PCNs (1997) e a LDB (1996), bem como Soares (2007), Piaget (1977), Vygotsky (2001), Nacaro (2015) entre outros. Foi abordada uma metodologia qualitativa e a coleta de dados ocorreu por meio de observações, relatos escritos e cartazes produzidos pelos alunos. Para tanto, foram desenvolvidas 5 atividades que consistiam em discussões e produções sobre o que é ser diferente. A primeira foi leitura literária e produção de texto; a segunda, foi dados históricos sobre a intolerância pelo mundo; a terceira, as diferenças físicas e as paraolimpíadas; a quarta, as diferentes formas: figuras e sólidos geométricos e a quinta, confecção de cartazes: Qual o padrão de beleza? A partir da análise realizada, observamos que a construção do conhecimento científico aconteceu sem que fosse preciso dizer que estavam estudando português, matemática, história e o interesse, motivação e trabalho em grupo foram experiências fundamentais para que pensassem o outro em suas dimensões físicas e pessoais sem um pré-julgamento. Acreditamos que esta experiência trouxe mais do que o saber cientifico, mas também uma valorização do que é diferente.

Palavras- chave: Interdisciplinariedade; Diferenças; Ensino Fundamental