Hoje, o paradigma educacional mais avançado é aquele que reivindica o reconhecimento e a valorização das diferenças, nas organizações escolares e demais ambientes de vida social, para que todos os alunos e as pessoas em geral possam deles participar, indiscriminadamente, sendo atendidos em suas necessidades, sejam elas temporárias ou permanentes em um espaço inclusivo. A questão da inclusão na educação brasileira é complexa está longe de acontecer. Podemos constatar essa realidade no atendimento ofertado aos alunos com cegueira, em relação ao trabalho do professor da escola comum de ensino regular. O decreto nº 6.094/2007 regulamenta o trabalho do professor, porém as barreiras estruturais e atitudinais precisam ser eliminadas, favorecendo o acesso. A inclusão escolar é leis, mas a aplicação da lei ainda não é realidade. Assim, é perceptível o despreparo do professor para atuar na classe comum e  lidar com as questões da inclusão escolar de qualquer aluno, em especial com alunos com cegueira e baixa visão. Os desafios existem, o professor está acostumado com salas homogêneas e não classe heterogênea, inclusiva, nesse contexto o professor se vê despreparado. Como mediador do conhecimento, o professor necessita buscar formação continuada para lidar com os desafios da heterogeneidade da sala de aula, envolvendo metodologias diversificadas. Esse aspecto envolve todos os procedimentos de ensino, bem como,  recursos diversos para as diversas áreas, em específico, para o ensino de Matemática. Para o ensino da Matemática, existem propostas bem consolidadas com suas metodologias usuais, bem como, uso de recursos tecnológicos, softwares, jogos, estimulando o aluno a pensar, criar soluções, expressar suas ideias e opiniões, criticar e trabalhar em equipe. Assim o professor busca estratégias para ensinar Matemática  a todos,  e neste trabalho pretendo mostra a importância da educação inclusiva para pessoas com cegueira e baixa visão e o como ensinar a matemática nos anos iniciais, considerando suas potencialidades e limitações. Estudamos a educação as pessoas com cegueira e baixa visão e o ensino da Matemática nas séries iniciais do ensino fundamental, a partir dos referenciais bibliográficos, demonstrando as metodologias e métodos de trabalhos para o professor adotar em suas práticas pedagógicas na classe comum.  Utilizamos a pesquisa bibliográfica como metodologia, demostrando quais são as metodologias e métodos de trabalhos do professor da classe comum para ensinar Matemática aos alunos com cegueira e baixa visão. Estudamos também nessa pesquisa bibliográfica, a trajetória histórica sobre as pessoas com cegueira e baixa visão, apresentando as formas de se trabalhar Matemática com este perfil de aluno, procurando dar subsídios ao trabalho do professor e a organização da escola. Estamos esclarecendo, quais as metodologias e métodos que o professor poderá utilizar em seu trabalho com o aluno cegueira e baixa visão colaborando com o desenvolvimento e promovendo a inclusão escolar. Através desta pesquisa, desejamos contribuir, sistematizando os principais aportes teóricos da área, para compartilhar experiências, conhecer metodologias que possam subsidiar o trabalho do professor na perspectiva inclusiva nas atividades de sala de aula com  os alunos com cegueira e baixa visão.

Palavras-chave: Formação de professor; Ensino de Matemática; Séries iniciais