O cálculo mental é uma habilidade empregada em diversas situações do dia-a-dia, como ao realizar aproximações em um compra e lidar com dinheiro, no caso do cálculo do troco. Em vista disso, o cálculo mental deve ser explorado ao longo dos anos iniciais do ensino fundamental, uma vez que é nesta etapa que o repertório acerca dos números e operações e o sistema de numeração decimal é construído. Apesar da relevância da habilidade em questão, pesquisas indicam que o cálculo escrito tem sido mais evidenciado nas escolas brasileiras, o que nos leva a questionar como a ação de calcular mentalmente pode ser desenvolvida em sala de aula e quais atividades o professor pode explorar visando um exploração da habilidade? Dessa forma, trazemos neste artigo uma discussão acerca dessas questões que foram trabalhadas em um minicurso com professores de matemática. Neste minicurso visamos explorar, com os professores, algumas atividades que tem relação com o cálculo mental, presentes na pesquisa de Guimarães (2009). As atividades se centraram nas operações de adição, subtração, multiplicação e divisão. Ao longo do desenvolvimento desta atividade foi possível notar alguns indícios de como os professores enxergam o cálculo mental, à que noções o relacionam, que tipos de estratégias predominam entre outras ideias que trazemos ao longo do artigo. Para tanto cabe esclarecer que a perspectiva de cálculo mental adotada compreende a habilidade como a realização de cálculo por meio de estratégias pessoais que não se baseiam em um algoritmo convencional, podendo ter o registro escrito como apoio de resultados parciais (PARRA, 1996). Ressaltamos que a temática em questão neste artigo tem relação com a pesquisa de mestrado que está sendo desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, vinculada ao grupo de pesquisa em Didática da Matemática (DDMat).

Palavras-chave: Cálculo mental. Anos iniciais. Livro didático.