Sistema Eletrônico de Administração de Eventos da UFGD, v.1, n.1 - I Congresso Nacional de Educação Matemática da Grande Dourados

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REFLEXÃO SOBRE AS AULAS DE MATEMÁTICA NOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
Ana Célia de Souza Silva

Última alteração: 2018-09-13

Resumo


Este relato de experiência tem como objetivo refletir sobre as aulas de Matemática nos anos finais do ensino fundamental. Há algum tempo eu assumi aulas de matemática II e português II em uma escola de Dourados MS, a princípio, foram muitas alegrias pelo fato do tão sonhado emprego após o término da faculdade. Mas aos poucos eu percebi que não seria tão fácil como idealizei, seria preciso superar algumas barreiras pessoais e descontruir alguns paradigmas nas aulas de matemática II. As aulas de matemática II, agora com essa nomenclatura, porém, antes chamada de raciocínio lógico matemático, apresenta dois objetivos: o primeiro, trabalhar com situações problemas do dia a dia do aluno fazendo com que eles raciocinem para chegar ao resultado, preparando-os assim para participarem da prova Brasil destinadas aos alunos de quarta e oitava séries (quinto e nono ano) do ensino fundamental e para a prova Ana destinadas aos alunos do 3 ano do ensino fundamental. Observei ali o problema, como tira-los da zona de conforto e fazê-los pensar. Nesse período eu percebi que as crianças são condicionadas a um modelo de ensino com perguntas que não os levam a pensar, a raciocinar para obter respostas, mas sim, um modelo para resolução de situações. Quando comecei a introduzir situações problemas eles me questionavam da seguinte forma: professora, qual conta? É de mais ou é de menos? Quantas linhas devo pular? Diante a preocupação pessoal (medo de não saber conduzir a aula, medo de não saber fazer planejamento adequado para a idade, entre outros), dobrou, as responsabilidades tomaram uma proporção ainda maior, além das dificuldades pessoais havia uma desconstrução a ser pelo menos trincada para alcançar os resultados. Comecei a pesquisar jogos, brincadeiras, atividades que eles se sentissem mais familiarizados, que mostrassem a eles algo concreto. Confesso que não foi fácil. As aulas foram passando e os alunos foram começando a interagir com o conteúdo, os questionamentos que me atordoavam no princípio foram dando respostas significativas a cada aula. Para esse alcance foram preciso vários estudos para preparar as aulas, apoio dos coordenadores no auxílio dos planos de aula e muita dedicação. Ainda não está como o esperado e eu considero que não é possível alcançar, mas essa experiência serviu para que eu percebesse que o avanço é feito gradativamente, dia após dia, que os alunos aprendem tudo no seu tempo, com os estímulos adequados, isso também é valido para nós, professores. Quanto ao ensino, esse precisa ser revisto, essa preocupação em fazer com que os alunos reflitam e os conteúdos sejam significativos deveriam acontecer o ano todo e não somente na hora de apresentar resultados.

Palavras- chave- Ensino, Aprendizagem, experiências