Sistema Eletrônico de Administração de Eventos da UFGD, II Congresso Nacional de Educação Matemática da Grande Dourados

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ESTÁGIO SUPERVISIONADO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE MATEMÁTICA EM TEMPOS DE PANDEMIA
Evandro vaz dos santos, Adriana Fátima de Souza Miola

Última alteração: 2021-10-13

Resumo


Resumo

O presente trabalho tem como objetivo relatar uma experiência vivenciada durante o desenvolvimento da disciplina de Estágio Supervisionado no Ensino Médio I, ofertada no sétimo semestre da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD). A experiência se passou em uma Escola Estadual do município de Dourados/MS. Com a pandemia iniciada no Brasil em decorrência da COVID-19, as instituições de ensino adotaram o modo de aula remota (não presencial) para atender as medidas sanitárias de biossegurança determinada pelo Orgão Mundial de Saúde (OMS). Com isso, as atividades de observações e participações do estágio junto as unidades escolares se deram no modo síncrono e assíncrono, por meio de ferramentas digitais. Para as atividades assíncronas, os estagiários contribuíam na elaboração quinzenal das APCs (Atividades Pedagógicas Complementares) que o professor regente disponibilizava na plataforma de aprendizagem Google ClassRoom e nos grupos de WhatsApp. Nesses ambientes, os estudantes também postavam as resoluções para serem corrigidas e dadas feedback pelo supervisor e estagiário. Nas atividades de cooperação e participação no modo síncrono, a função do estagiário foi auxiliar o professor na busca dos alunos entrando em contato pelo WhatsApp para tentar trazê-los para as aulas de chamada de vídeo por meio do Google Meet e ajudar o professor a tirar as dúvidas dos alunos, ficando disponível até depois dessas chamadas. As chamadas de vídeos também foram utilizadas para reuniões de orientações entre o estagiário e supervisor. As aulas de regência, ocorreram tanto de forma síncrona, por meio do Google Meet e com o auxílio de alguns programas e aplicativos virtuais, quanto assíncrona. Na disciplina cursada, o estagiário teve que realizar duas aulas de cinquenta minutos de regências. Assim, a primeira aula foi síncrona, onde buscamos utilizar uma perspectiva metodológica investigativa segundo o teórico Ponte. O conteúdo lecionado foi função do primeiro grau, onde buscamos estabelecer uma relação entre duas grandezas por meio preço da gasolina, relacionando quantidade e preço, em que construímos em conjunto com os estudantes uma tabela, e logo após, fizemos a representação gráfica. Na sequência, exploramos o estudo do gráfico, onde os estudantes compartilharam na vídeo-chamada a tela dos seus celulares o aplicativo do Geogebra. Orientamos a alterar os valores dos coeficientes e fazerem manipulações no gráfico enquanto questionávamos a turma sobre o que identificavam. A segunda aula da regência foi assíncrona, no Google ClassRoom e apenas dois alunos postaram as resoluções. Com essa experiência evidenciamos não só as dificuldades dos alunos em acessar os materiais por falta de acesso a internet, como a falta de motivação por parte da família, e ainda os desafios dos professores em buscar novos meios de praticar um ensino mais efetivo. Nesse modelo remoto, identificamos a exigência de uma atuação mais autônoma dos estudantes, pois eles se tornaram responsáveis por organizar uma rotina de estudo, geralmente em casa. Essa autonomia causou estranheza, o que pode ser justificado, pois durante as aulas presenciais, o ensino tradicional, ou seja, diretivo, não estimulava o aluno a ser um participante ativo. Desse modo, esperamos que essa experiência possa contribuir para as discussões a disciplina de Estágio Supervisionado nos cursos de licenciatura em matemática.

 

 

Palavras-chave: Regência. Recursos Digitais. Ensino de Matemática. Pandemia.

 


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