Sistema Eletrônico de Administração de Eventos da UFGD, 13º Encontro Nacional de Ranicultura (Enar) e 4º International Meeting on Frog Research and Technology (Technofrog)

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Indicadores de estresse da rã-touro (Lithobates catesbeianus) após diferentes manejos de transporte
Adriana Xavier Alves¹, Ragli Oliveira Azevedo², Victor Ramos Pawlowski², Gean Paulo Andrade Reis², Jéssica Almeida da Silva¹, Nayara Netto dos Santos², Renan Rosa Paulino³, Galileu Crovatto Veras²

Última alteração: 2020-11-09

Resumo


O transporte promove diversas respostas adaptativas nos animais. Objetivou-se avaliar o tempo de recuperação de homeostase da rã-touro 0, 6, 12, 24 e 48 horas após o transporte realizado em duas condições:  caixas de polietileno vazadas e com fundo coberto com lona e espuma laminada de poliuretano umedecida. O experimento foi conduzido em esquema fatorial [(2x5) +1], duas condições de transporte, cinco tempos de avaliação após o transporte e  um tratamento controle (condição antes do transporte). Em cada tempo foi coletado o sangue de 10 rãs-touro. Após 36h de jejum, 150 rãs (0,475 ± 0,05 kg) foram transportadas durante10h (25 rãs/caixa). Posteriormente, os animais foram alojados separadamente em baias alagadas. Independente da condição avaliada, ocorreu um quadro de hiperglicemia nas rãs após o transporte (0, 6 e 12h) e a recuperação dos níveis de glicose ocorreu 24h após o transporte. Os níveis de triglicerídeos aumentaram imediatamente após o transporte, sendo maior nas rãs mantidas em caixas com espuma. A recuperação dessa variável, ocorreu após 12h para rãs transportadas em caixas com espuma e após 24h para as transportadas em caixas vazadas. Nas duas condições, houve aumento dos níveis de proteínas totais imediatamente após o transporte. Contudo, após 48 horas, a quantidade de proteínas totais reduziu nos animais transportados em caixas vazadas. Houve efeito isolado dos fatores (tempo e condição de transporte) sobre a albumina: níveis maiores ocorreram 12, 24 e 48h após o transporte e as rãs transportadas em caixas com espuma apresentaram maior quantidade de albumina. As globulinas aumentaram imediatamente após o transporte nas duas condições. Após 24h os níveis de globulinas reduziram nas rãs transportadas em caixas vazadas. Após 48h, os níveis de globulinas diminuíram nos dois tratamentos, comparados ao controle. Considerando esses resultados e a praticidade do manejo, recomenda-se o transporte dos animais em caixas vazadas.

 

 

Palavras-chave: bioquímica plasmática, bem-estar, pré-abate, ranicultura

Apoio: CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) e CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico). À empresa GUABI pelo fornecimento de ração para manutenção da rã-touro em laboratório.