Sistema Eletrônico de Administração de Eventos da UFGD, 13º Encontro Nacional de Ranicultura (Enar) e 4º International Meeting on Frog Research and Technology (Technofrog)

Tamanho da fonte: 
Respostas hematológicas e bioquímicas de rãs-touro criadas em baias em sistemas inundado e semi-seco.
Gean Paulo Andrade Reis¹, Jessica Almeida da Silva², Adriana Xavier Alves², Nayara Netto dos Santos¹, Victor Ramos Pawlowski¹, Bruno Dias dos Santos¹, Galileu Crovatto Veras¹

Última alteração: 2020-11-09

Resumo


Embora exista uma grande variedade de sistemas de produção durante a engorda da rã-touro (Lithobates catesbeianus), são poucos os estudos que comparam e elucidam a influência destes sistemas sobre o desempenho e bem estar dos animais. Desta forma, as análises hematológicas colaboram na compreensão do estado fisiológico e do desempenho produtivo da rã-touro. Com o trabalho objetivou-se avaliar a influência do tipo de baia de engorda sobre as variáveis hematológicas e bioquímicas da rã-touro. Utilizou-se um delineamento inteiramente casualizado em que foram testados dois sistemas de produção, semi-seco e inundado, com três repetições. Foram utilizados 204 exemplares de rã-touro com peso médio de 37,85 ± 1,55 g distribuídos aleatoriamente em seis baias em uma densidade de estocagem de 34 rãs/ baia. As rãs foram alimentadas três vezes ao dia com ração extrusada de 6 a 7 mm com 42% de proteína bruta e 10 % de extrato etéreo. O experimento durou 120 dias e ocorreu no período correspondente a primavera e verão no hemisfério sul. Ao fim do experimento, 12 rãs por tratamento foram aleatoriamente selecionadas para coleta de sangue e realização das análises hematológicas e bioquímicas. O tipo de baia influenciou de forma significativa (P<0,05) os níveis de colesterol total, triglicerídeos e proteínas totais. As rãs criadas em sistema inundado apresentaram níveis mais elevados para estas variáveis em relação   aos animais criadas em sistema semi-seco. No entanto, não houve efeito significativo (P>0,05) do tipo de baia sobre o eritrograma, contagem diferencial e total de leucócitos, glicose, lactato, albumina, globulina e relação albumina/globulina. Aparentemente o tipo de baia não influenciou na homeostase dos animais. É provável que os níveis mais elevados de proteínas totais, colesterol total e triglicerídeos das rãs criadas em baias inundadas seja pelo maior porte destes animais em relação as rãs criadas no sistema semi-seco.

 

Palavras-chave: baia inundada, bem-estar, hematologia, ranicultura, sistemas de produção.

 

Apoio: CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico). À empresa GUABI pelo fornecimento de ração para manutenção dos animais em laboratório.