Sistema Eletrônico de Administração de Eventos da UFGD, 13º Encontro Nacional de Ranicultura (Enar) e 4º International Meeting on Frog Research and Technology (Technofrog)

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Avaliação do potencial tóxico da Atrazina sobre girinos de Lithobates catesbeianus
Fernanda Lie Ikari¹, Cristina Viriato¹, Clóvis Ferreira do Carmo¹, Erna Bach², Cintia Badaró-Pedroso¹, Claudia Maris Ferreira¹

Última alteração: 2020-11-12

Resumo


A detecção de agrotóxicos em corpos d’água tem se tornado cada dia mais frequente, devido ao aumento da produção e exportação agrícolas. Essa contaminação se da através da chuva, irrigação, lixiviação e ventos podendo atingir o aquífero freático. A biota aquática é uma das mais prejudicadas, pois está constantemente exposta a esses pesticidas. A atrazina é um herbicida pertencente ao grupo das triazinas, que representam 30% da produção mundial de herbicidas e é utilizada no controle de ervas daninhas em plantações de milho, cana de açúcar e sorgo. O objetivo desse trabalho foi analisar os efeitos bioquímicos do herbicida atrazina sobre o fígado de girinos de rã-touro (Lithobates catesbeianus). Os girinos (estágio 31 de Gosner) foram aclimatados por sete dias e o experimento (estático) teve a duração de 168h conduzido com fotoperíodo de 12h luz/12h escuro, com uma temperatura de 22°C ± 1,0. A Atrazina utilizada foi a ATANOR 50 SC®. O ensaio foi composto por um controle negativo e as concentrações testadas foram 40μg/L, 200μg/L, 2.000μg/L e 20.000μg/L. Ao final da experimentação foram realizadas análises bioquímicas do sangue e fígado. As análises bioquímicas com o sangue foram realizadas com um pool sanguíneo de 32 girinos e, a partir da obtenção do plasma dessas amostras foram feitas as análises de: glicose plasmática, ureia, creatinina, colesterol, HDL, Triglicérides, TGP, fosfatase alcalina e cálcio. As análises bioquímicas do fígado avaliaram a quantificação de proteínas, fenol, peroxidase e polifenoloxidase. Os biomarcadores de rim, lipídeos, fígado, ossos, cálcio e sangue demonstraram que a atrazina causou desnutrição, anemia, perda de massa muscular e danos hepáticos. Esses resultados ratificam que a atrazina é um estressor ambiental e que em altas doses altera o equilíbrio metabólico dos girinos que tiveram um aumento no gasto de energia para tentar manter sua homeostase

Palavras chaves: Herbicida, Atrazina, Rã-touro, Ecotoxicologia, Biomarcadores

Apoio: Coordenação de Aperfeiçoamento de Nível Superior (CAPES)