Sistema Eletrônico de Administração de Eventos da UFGD, 13º Encontro Nacional de Ranicultura (Enar) e 4º International Meeting on Frog Research and Technology (Technofrog)

Tamanho da fonte: 
Qualidade microbiológica de corte comercial de rã-touro (Rana catesbeiana, Shaw, 1802)
João Batista Furtado Cordeiro Furtado Furtado¹, Aline Matias dos Santos¹, Wesclen Vilar Nogueira², Rute Bianchini Pontuschka¹

Última alteração: 2020-11-12

Resumo


O Brasil é considerado o segundo maior criador de rãs a nível mundial. A produção nacional está centrada na criação de rã-touro (Rana catesbeiana, Shaw, 1802) em cativeiro. Sua alta produção está relacionada às suas características de rusticidade, rápido crescimento, alto desempenho reprodutivo e rendimento. A criação em cativeiro destina-se principalmente à produção de carne que, aliás, é muito apreciada e apresenta alto valor agregado. A coxa é considerada um corte nobre pois contém maior porção cárnea. Dentro da cadeia produtiva ranícola, a segurança microbiológica é um fator do qual não se pode abrir mão. Desta forma, o objetivo desse estudo foi quantificar coliformes termotolerantes (CT) e aeróbios mesófilos totais (AMT) em coxas de rãs-touro oriundas de ranário situado no município de Rolim de Moura, Rondônia, Brasil. Antes do abate, as rãs permaneceram em gelo para insensibilização. Após o abate, as amostras de coxas foram embaladas em sacos plásticos estéreis e mantidas a -18 ºC até a análise. O método empregado para determinação dos CT foi o do Número Mais Provável, e o plaqueamento em superfície para análise dos AMT. Como no Brasil não há padrões microbiológicos para AMT, considerou-se como referência os limites estabelecidos pela Comissão Internacional de Especificações Microbiológicas para Alimentos (ICMSF). Já para CT, foi considerado como referência os limites estabelecidos na RDC nº 12, de 02 janeiro de 2001 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Os CT não foram detectados, já para os AMT ocorreu variação de 2,54 a 5,26 log UFC/g, abaixo de 7 log UFC/g, conforme recomenda a ICMSF. Conclui-se que os baixos índices de contaminação observados estão relacionados à aplicação das Boas Práticas no processo de produção.

Palavras-chave: aeróbios mesófilos, boas práticas, coliformes, contaminação, ranicultura, Rondônia.

Apoio: Ranário MEB rã, UNIR.