Este estudo teve como principal objetivo caracterizar o comportamento alimentar e o desempenho de produção dos imagos de rã-touro (Lithobates catesbeianus) em cativeiro, recebendo somente ração sem nenhum estimulador de atração. Foram utilizadas baias com 300 animais em cada, com um peso inicial de 6 a 7 g. O experimento foi realizado num ranário comercial, em Hidrolândia/GO, utilizando o sistema de produção do tipo confinamento. Foram utilizados três tratamentos diferentes, diferenciando-se na frequência do arrazoamento e na quantidade de ração fornecida, fidelizando o manejo utilizado no do ranário (ração uma vez ao dia, apenas no período da manhã; ração duas vezes ao dia, uma no começo da manhã e outra no final da tarde; ração três vezes ao dia; e ração quatro vezes ao dia). O alimento utilizado foi somente ração comercial formulada para a nutrição de peixes, com 40% de proteína bruta. Durante os 7 primeiros dias todos os lotes receberam alimentação equivalente ao 15% do peso vivo dos animais e depois passaram a receber 20% do peso vivo até o final do experimento. Durante 7 dias foi utilizada ração de 2-3 mm e, após, foi misturado um terço de ração 4-6 mm, fidelizando o manejo utilizado no ranário. Os parâmetros analisados foram: ganho de peso, taxa de crescimento específico, sobrevivência, densidade e conversão alimentar. Os imagos conseguiram praticamente triplicar seu peso, atingindo, em média, de 18,1 a 19,25 g. A taxa de sobrevivência também foi alta entre os tratamentos, com uma média de 89,58%. O período em que o experimento foi realizado não favoreceu muito ao crescimento específico dos animais, devido a uma oscilação térmica que provavelmente influiu no desenvolvimento. Esta pesquisa demostrou que os imagos de rã touro podem ser alimentados exclusivamente com ração inerte, apresentando taxas de crescimento e sobrevivência apropriadas.

Palavras-chave: ranicultura, alimentação, crescimento, sobrevivência, sistema confinamento.

Apoio: FAPEG.