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Os povos indígenas vêm resistindo a um kafkiano processo histórico com bravura – respondem a um crime que não cometeram e estão sujeitos aos poderes de um fantasmagórico Castelo, no qual repartições obstruem o acesso à lei. Essa resistência está manchada de históricas com o sangue não de algo pretérito e encerrado quinhentos anos atrás, mas um agora no dia-a-dia com suas crueldades, por isto o passado precisa ser constantemente relembrado não como matéria amorfa, mas como uma vida, porque a memória do homem é evanescente, a cada nova geração abrem-se pétalas para uma nova esperança e essa esperança infelizmente já entra em um mundo escovado em certo sentido que Walter Benjamin sabiamente lamentava, em que os males foram todos libertados da caixa de pandora; são mundos que se encontram, o conceito de rede engloba todos e interfere no destino de todo o planeta, somos todos parte de uma imensa construção – que apenas será apenas vindoura com um conviver que semeie maior amor à Terra.