Última alteração: 2016-10-26
Resumo
A presente comunicação tem como eixo articulador o interesse de investigar a intensidade dos debates etnográficos que se travaram entre os letrados do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB) em meados do século XIX à luz do cenário oitocentista brasileiro: a construção de uma memória/história nacional que nos identificasse enquanto “nação e principalmente, de ocupação de “bolsões” de terras habitadas por diferentes etnias indígenas por novas frentes agrícolas e colonizatórias. Neste cenário, coube a estes letrados a tarefa de definir o lugar dos grupos humanos “dispersos” pelo território brasileiro - os indígenas. Estes se tornam, assim, alvo de acirrados debates que geraram o primeiro e único documento do século que nortearia as ações do Estado no trato com os nativos do território brasileiro: o Regulamento acerca das Missões de Catequese e Civilização dos Índios, de 1845. Assim, nesta comunicação, pretendemos cruzar algumas narrativas etnográficas da época, com a finalidade de compreendermos a intensidade dos debates travados, a polissemia de ideias, suas inflexões e sua práxis indigenista em meados do século XIX entre os indígenas guarani no sul do atual estado de Mato Grosso do Sul.
Palavras chave- Política indigenista. Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Regulamento acerca das Missões de Catequese e civilização dos Índios. Barão de Antonina.