Sistema Eletrônico de Administração de Eventos da UFGD, I Seminário Internacional Etnologia Guarani: diálogos e contribuições

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Terra Indígena Tekoá Mirim: Dissonâncias entre a Fala Mbyá Guarani e a Voz do Estado
Fábio do Espírito Santo Martins

Última alteração: 2016-10-25

Resumo


A presença contemporânea do povo indígena Mbyá Guarani no litoral do estado de SãoPaulo enfatiza a necessidade de novas percepções que incidam sobre as relações entreeles e os juruá. Assim, é colocada a problemática a respeito da incompatibilidade entreos interesses sobre a ocupação da Serra do Mar, que, na atualidade se encontrapraticamente toda circunscrita e integrada à espacialidade urbana, sobretudo, na BaixadaSantista. Contudo, o Mbyá Rekó (o modo próprio de estar), mantém-se existindo,evidenciando a tendência da cultura de permanentemente reinventar-se. Então, estetrabalho propõe evidenciar o processo de luta Mbyá no contexto da autodemarcação daTerra Indígena Tekoá Mirim, localizada no interior do Parque Estadual da Serra do Mar(PESM), localização esta, que fez com que as instâncias do Poder Executivo Municipalde Praia Grande, passassem a considerá-los invasores; além de corroborar para que osórgãos estaduais de proteção ambiental, principalmente a Secretaria do Meio Ambiente,assumissem um posicionamento sobre a permanência dos Mbyá na Tekoá Mirim, queconsidera-a como contrária ao “corpus” legal que legisla sobre a ocupação humana nasUnidades de Conservação. Se iniciando deste modo, uma articulação políticoadministrativapara impossibilitar a continuidade dos indígenas no seu próprio território,ancestralmente ocupado e manejado de maneira equilibrada. Portanto, os Mbyá Guaranisabem de seus direitos constitucionais, e lutam para concretizá-los. Querem aacessibilidade plena a eles, o respeito à sua cultura e que se interrompa a opressãosocial, para que assim, se concretizem melhores condições de criação e recriação de seuNhanderekó; condição esta, portanto, que ampliaria as possibilidades à existência dasfuturas gerações, esta sim, a preocupação fundamental dos mais velhos.

 

Palavras-chave: territorialidades, mbyá guarani, protagonismo, autodedmarcação.


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